Nos últimos anos, o número de diagnósticos de Diabetes sofreu um aumento notável ao redor do mundo. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (PAHO) apontam que mais de 800 milhões de adultos estão atualmente convivendo com esta condição, um incremento que representa mais do que o quádruplo do registrado em 1990. No Brasil, a situação é igualmente preocupante, com estimativas da Sociedade Brasileira de Diabetes indicando que aproximadamente 20 milhões de brasileiros são afetados pela doença.
Caracterizado por uma anomalia na produção ou utilização da insulina, hormônio crucial para o controle da glicose sanguínea, o diabetes está associado a riscos significativos para a saúde. Complicações podem se manifestar em diversas partes do corpo, incluindo o coração, os rins e o sistema nervoso, e em casos mais severos, pode até levar ao óbito. Este cenário ressalta a importância de uma compreensão ampla sobre a prevenção e gerenciamento do diabetes.
Quais são os Mitos Comuns sobre o Diabetes?

A desinformação persiste como um dos principais desafios no manejo do diabetes. Muitos mitos continuam a ser compartilhados, confundindo o público sobre a origem e prevenção da doença. Um exemplo comum é a crença de que o consumo excessivo de açúcar é a principal causa do diabetes. Embora o açúcar contribua, fatores como um estilo de vida sedentário, alimentação inadequada e predisposição genética são igualmente críticos no desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Outro equívoco amplamente difundido é que apenas pessoas com excesso de peso são suscetíveis ao diabetes. Na realidade, mesmo indivíduos com peso normal, especialmente aqueles com histórico familiar ou resistência à insulina, estão em risco. Desmistificar essas crenças é vital para direcionar o foco de atenção para a adoção de práticas saudáveis e preventivas.
Tipos de Diabetes e Seus Efeitos
O diabetes se manifesta em três formas principais: tipo 1, tipo 2 e gestacional. O tipo 1 é uma condição autoimune, frequentemente diagnosticada em jovens, e demanda administração contínua de insulina. Já o tipo 2 é a forma mais comum, afetando aproximadamente 90% dos casos no Brasil, e está geralmente associado a fatores de estilo de vida. Por fim, o diabetes gestacional ocorre durante a gravidez e pode prefigurar o desenvolvimento do tipo 2 no futuro tanto para a mãe quanto para o filho.
É notório que o diabetes tipo 2 possa permanecer assintomático por anos, emergindo sem sinais evidentes de alerta. Isso reforça a importância de exames regulares para diagnóstico precoce e controle da glicose.
Como Prevenir e Gerenciar o Diabetes de Forma Eficaz?
Para mitigar o risco de diabetes, um conjunto de mudanças cotidianas é crucial. Essas incluem uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e a manutenção de um peso saudável. Além disso, a adesão a rotinas de exames, como glicemia de jejum e hemoglobina glicada, pode proporcionar um acompanhamento rigoroso dos níveis de glicose, essencial para pessoas com fatores de risco.
Reconhecer que o diagnóstico de diabetes não deve equivaler à perda de qualidade de vida é fundamental. Com a conscientização, disciplina e apoio médico, é possível viver plenamente. O avanço dos tratamentos e das ferramentas de monitoramento contínuo oferece novas esperanças para manter a doença sob controle de maneira eficaz.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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