O chá para gordura no fígado é uma prática fitoterápica amplamente utilizada para auxiliar no tratamento da esteatose hepática não alcoólica (gordura no fígado). Diversas plantas medicinais, como o chá-verde (Camellia sinensis), o boldo-do-chile (Peumus boldus) e o cardo-mariano (Silybum marianum), possuem compostos bioativos que favorecem a função hepática e reduzem a acumulação de lipídios nos hepatócitos.
- Redução do acúmulo de gordura no fígado
- Proteção e regeneração das células hepáticas
- Ação antioxidante e anti-inflamatória
Redução do acúmulo de gordura no fígado
O consumo de chás com propriedades lipolíticas e hepatoprotetoras contribui para a redução do acúmulo de gordura no fígado, estimulando a metabolização de lipídios e a eliminação de substâncias tóxicas. Segundo o médico hepatologista Dr. Ricardo Oliveira, compostos presentes no chá-verde, como as catequinas, ajudam a regular a expressão de genes envolvidos na síntese e oxidação de gorduras (OLIVEIRA, 2019).
“A ingestão regular de catequinas provenientes do chá-verde demonstrou reduzir significativamente a infiltração gordurosa no fígado, promovendo melhora nos níveis de ALT e AST em pacientes com esteatose hepática.” (OLIVEIRA, 2019).
Proteção e regeneração das células hepáticas
Plantas como o cardo-mariano contêm flavonolignanas, especialmente a silimarina, que protege os hepatócitos contra danos oxidativos e promove sua regeneração. De acordo com o farmacêutico e pesquisador André Martins, a silimarina atua estabilizando as membranas celulares e inibindo a entrada de toxinas hepáticas (MARTINS, 2018).
“Estudos clínicos indicam que a silimarina apresenta efeito hepatoprotetor comprovado, sendo eficaz na melhora da função hepática em casos de esteatose e hepatite crônica.” (MARTINS, 2018).
Ação antioxidante e anti-inflamatória
O chá de boldo e o chá-verde também se destacam pela presença de compostos fenólicos com forte ação antioxidante, que reduzem o estresse oxidativo — um dos principais fatores envolvidos na progressão da gordura hepática. Conforme explica a professora de Bioquímica Dra. Elisa Franco, os antioxidantes naturais atuam neutralizando radicais livres e modulando a inflamação hepática (FRANCO, 2020).
“Os polifenóis do chá-verde e os alcaloides do boldo exercem papel protetor ao reduzir a peroxidação lipídica e a inflamação associada à esteatose hepática.” (FRANCO, 2020).
Recomendações de uso e precauções
O chá para gordura no fígado deve ser usado de forma complementar, associado a uma alimentação equilibrada e à prática de atividade física. Recomenda-se o consumo de 2 a 3 xícaras por dia, preferencialmente após as principais refeições. É importante evitar o uso de extratos concentrados sem orientação profissional, pois doses elevadas podem causar irritação gástrica ou sobrecarga hepática.
- Evite o consumo concomitante de medicamentos hepatotóxicos.
- Prefira chás naturais preparados com folhas secas ou frescas de procedência segura.
- Consulte um médico ou fitoterapeuta em casos de doenças hepáticas avançadas.
Benefícios comprovados dos chás hepáticos
- Melhoram marcadores bioquímicos do fígado (ALT, AST e GGT).
- Favorecem a regeneração celular e a eliminação de toxinas.
- Reduzem o estresse oxidativo e processos inflamatórios hepáticos.

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Referências bibliográficas
- FRANCO, Elisa. Efeitos antioxidantes de compostos fenólicos no fígado humano. Revista Brasileira de Bioquímica Aplicada, v. 6, n. 2, p. 101-110, 2020.
- MARTINS, André. Fitoterápicos hepatoprotetores: revisão e aplicações clínicas. Revista de Fitomedicina, v. 14, n. 1, p. 45-53, 2018.
- OLIVEIRA, Ricardo. Catequinas do chá-verde e seu papel na esteatose hepática. Revista Brasileira de Hepatologia, v. 11, n. 3, p. 210-217, 2019.
- SCHÜTZ, K.; KAMMERER, D.; CARLE, R. Phytochemical composition and antioxidant capacity of Silybum marianum seeds. Food Chemistry, v. 136, n. 3-4, p. 1055–1062, 2013.









