Ao longo dos últimos anos, as Redes Sociais têm desempenhado um papel crucial na maneira como as pessoas se comunicam e interagem. Embora sua popularidade varie conforme a localização geográfica, algumas plataformas se destacam em âmbito global devido ao seu elevado número de usuários ativos mensais. Em 2018, por exemplo, o Facebook liderava com 2.958 milhões de usuários, seguido pelo YouTube e WhatsApp, ambos com mais de 2.000 milhões de usuários, conforme o relatório Global Digital Headlines de 2023.
Os adolescentes, em especial, são uma fatia vulnerável ao uso excessivo dessas plataformas. A baixa autoestima, a necessidade de validação social e a busca por pertencimento são fatores que podem contribuir para esse comportamento, que é frequentemente incentivado pelos efêmeros sentimentos de satisfação proporcionados pelos “likes” e comentários nas redes. De acordo com estudiosos, esses jovens, que frequentemente têm entre 16 e 24 anos, podem ser levados a buscar a aceitação social de maneira quase compulsiva.
Quais as consequências psicológicas do uso excessivo das Redes Sociais?
O impacto das Redes Sociais nas relações pessoais é um tema de estudo extensivo entre os especialistas. Sherry Turkle, uma psicanalista do MIT, argumenta que essas plataformas têm o potencial de enfraquecer os laços humanos genuínos. Segundo Turkle, as conexões feitas pela Internet tendem a ser superficiais e podem gerar um sentimento paradoxal de solidão, ao invés de união.
Além disso, os jovens podem enfrentar sérios desafios emocionais e sociais, como insegurança, isolamento e distúrbios no padrão de sono devido ao uso prolongado das redes. Especialistas alertam que a contínua interação online pode substituir interações cara a cara, enfraquecendo habilidades sociais essenciais.
Quais são os sinais de dependência das Redes Sociais?
Detectar uma possível dependência das Redes Sociais pode ser desafiador, mas existem sinais que podem indicar essa condição. Alguns dos comportamentos comuns incluem o nervosismo em situações de falta de acesso à Internet, a utilização das redes assim que se acorda e antes de dormir, além da incapacidade de socializar sem o uso do smartphone. Sentimentos de angústia por não receber curtidas ou por acreditar que a vida dos outros é mais interessante são também indicativos preocupantes.

Como prevenir a dependência das Redes Sociais?
Prevenir o uso excessivo das Redes Sociais é fundamental para manter a saúde mental e emocional. Estabelecer intervalos de tempo entre as conexões, evitar o uso do celular durante as refeições e desativar notificações automáticas são algumas práticas recomendadas. Incorporar atividades que não envolvam a tecnologia, como esportes e leitura, ajuda a reduzir o tempo online.
Além disso, uma das estratégias mais eficazes pode ser a redução do número de contatos virtuais e a remoção de aplicativos desnecessários. Assim, é possível ajudar a aliviar a preocupação com a constante atualização de status e a pressão social que as Redes Sociais podem impor.
Quais os futuros cenários das Redes Sociais?
Analisando as tendências digitais, o relatório de 2024 apontou que, embora o Instagram tenha se mantido como a plataforma favorita entre os usuários, o TikTok continua a ser a líder no tempo de engajamento mensal. Essa informação reflete uma mudança na forma como as pessoas, especialmente os jovens, consomem conteúdo na era digital. Não obstante, a conscientização sobre os riscos associados ao uso intensivo das redes pode desempenhar um papel importante na formação de interações digitais mais saudáveis.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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