A elevação pélvica (ou ponte) é um exercício funcional completo que estabiliza a coluna ao ativar simultaneamente os glúteos e o core profundo. Esse movimento atua como um cinturão de força natural, fortalecendo a cadeia posterior e aliviando a tensão crônica na região lombar causada pela fraqueza muscular.
Por que a elevação pélvica protege a coluna lombar?
O exercício isola e ativa o glúteo máximo, que é o principal estabilizador da pelve e da base da coluna. Quando os glúteos estão fortes e ativos, eles retiram a sobrecarga dos pequenos músculos da lombar, prevenindo dores e lesões comuns causadas por compensação postural.
Além disso, o movimento promove uma descompressão suave das vértebras ao inverter a gravidade. Ao elevar os quadris, você reverte a pressão vertical de ficar sentado o dia todo, permitindo que os discos intervertebrais se hidratem e que a musculatura das costas relaxe da tensão estática.
O canal Exercício em Casa com mais de 4 milhões de inscritos, mostra no vídeo a seguir, como executar o exercício:
Como o abdômen é ativado neste movimento?
Para manter a ponte estável e impedir que a coluna arqueie excessivamente, o transverso abdominal deve contrair-se intensamente. Esse músculo profundo age como um espartilho natural, comprimindo as vísceras e protegendo a coluna de dentro para fora durante a sustentação.
Diferente dos abdominais tradicionais que focam na flexão, a elevação treina a estabilidade do tronco. Ela ensina o abdômen a sustentar o corpo contra a gravidade, uma função vital para a postura correta e para a prevenção de dores nas atividades diárias.
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O impacto na mobilidade e força do quadril
O movimento realiza uma extensão ativa do quadril, combatendo o encurtamento dos flexores causado pelo sedentarismo. Isso restaura a mobilidade da articulação e melhora a postura ao permitir que a pelve se alinhe corretamente, sem inclinar para a frente.
Simultaneamente, o exercício fortalece os isquiotibiais (posteriores da coxa) e o glúteo médio. Esse equilíbrio muscular é crucial para a eficiência da caminhada e da corrida, prevenindo problemas mecânicos como o valgo dinâmico (joelho para dentro).

Passo a passo para a execução correta e segura
Executar a ponte com a técnica perfeita é mais importante do que adicionar peso, pois a forma incorreta pode tensionar o pescoço. A Mayo Clinic recomenda focar no controle muscular para garantir a segurança e eficácia do movimento.
Para garantir que o esforço vá para os músculos alvo e não para a coluna, siga estas diretrizes de alinhamento:
- Posição inicial: Deite-se de costas com os joelhos dobrados e pés firmes no chão, alinhados com o quadril.
- Ativação: Contraia os glúteos e o abdômen antes de iniciar a subida.
- Elevação: Empurre o chão com os calcanhares até que joelhos, quadris e ombros formem uma linha reta.
- Descida: Retorne ao chão de forma lenta e controlada, mantendo a contração até o fim.
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Variações para aumentar a intensidade
Quando o movimento básico se tornar fácil, as variações unilaterais aumentam significativamente o desafio de estabilidade. Tirar um pé do chão obriga o core e o glúteo da perna de apoio a trabalharem em dobro para impedir que o quadril gire ou caia.
Outra opção eficaz é adicionar uma faixa elástica (mini band) logo acima dos joelhos. A força para manter os joelhos afastados recruta intensamente o glúteo médio, adicionando um componente vital de estabilidade lateral ao exercício.









