O chá-verde (Camellia sinensis) é uma das bebidas mais estudadas no mundo, reconhecido por suas notáveis propriedades medicinais e ampla utilização na medicina tradicional asiática. Essa infusão, preparada a partir de folhas não oxidadas, é um verdadeiro tesouro de compostos bioativos, especialmente catequinas, que oferecem benefícios terapêuticos diversos. Seu consumo regular é um forte aliado do bem-estar, com impacto positivo que vai além da simples hidratação.
- Ação Termogênica e Metabolismo: Potencializa a queima de calorias, sendo crucial para o controle do peso corporal.
- Potente Efeito Antioxidante: Combate os radicais livres, protegendo as células contra o estresse oxidativo.
- Propriedades Cardioprotetoras: Ajuda a regular os níveis de colesterol e a manter a saúde vascular.
Aceleração do metabolismo e queima de gordura
O chá-verde é amplamente conhecido por sua capacidade de aumentar a termogênese, o processo de produção de calor no organismo, que resulta na queima de calorias. Esse efeito se deve principalmente à presença de catequinas, com destaque para a epigalocatequina galato (EGCG), que atua sinergicamente com a cafeína. Segundo o artigo publicado por Hursel e colaboradores,
“O extrato de chá-verde, rico em catequinas, aumenta significativamente o gasto energético e a oxidação de gorduras em humanos, superando o efeito atribuído apenas à cafeína” (HURSEL et al., 2009).

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Potente ação antioxidante e proteção celular
A riqueza em fitoquímicos faz do chá-verde um dos mais poderosos antioxidantes naturais. A EGCG e outras catequinas funcionam como varredores de radicais livres, moléculas instáveis que causam danos celulares e contribuem para o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças crônicas. Esta propriedade é fundamental para a manutenção da saúde geral, conforme enfatizado por um estudo de revisão da literatura.
“As catequinas do chá-verde, particularmente a EGCG, são agentes protetores celulares por excelência, inibindo a peroxidação lipídica e neutralizando espécies reativas de oxigênio em concentrações fisiologicamente relevantes” (CAPPELLETTI; DALL’ACQUA; INVERNIZZI, 2020).
Benefícios cardioprotetores e redução do colesterol
O consumo habitual de chá-verde contribui para a saúde cardiovascular ao ajudar na modulação do perfil lipídico e na função endotelial. Os princípios ativos da planta auxiliam na redução do colesterol LDL (o “mau” colesterol) e triglicerídeos, enquanto elevam o colesterol HDL (o “bom” colesterol). Um ensaio clínico publicado no American Journal of Clinical Nutrition reforça essa observação.
“A suplementação com extrato de chá-verde resultou em uma redução significativa no colesterol total e no colesterol LDL, um efeito que é correlacionado com a melhoria da função vascular em pacientes com hipercolesterolemia” (WANG et al., 2017).
Como plantar Camellia sinensis em casa
Cultivar a planta do chá-verde em ambientes domésticos é totalmente viável, embora exija atenção a algumas condições específicas, replicando seu ambiente natural. A Camellia sinensis prefere climas subtropicais e solos ácidos, ricos em matéria orgânica.
- Solo e Drenagem: Utilize um substrato bem drenado e ácido (pH entre 5.5 e 6.5). A planta não tolera encharcamento.
- Luminosidade: Prefere luz solar indireta ou meia-sombra. Sol pleno pode queimar as folhas em climas muito quentes.
- Rega: Mantenha o solo consistentemente úmido, mas não saturado. A rega deve ser mais frequente em períodos de seca.
O cultivo em vasos é uma excelente opção para quem vive em regiões frias ou com solo alcalino. Lembre-se que o processo de colheita e preparo é crucial para preservar os benefícios terapêuticos da folha. Para garantir a qualidade das folhas, considere podas regulares para estimular o crescimento de brotos novos.
Quem cultiva em casa, vai curtir esse vídeo especialmente selecionado do canal do Safari Garden, que conta com mais de 150 mil inscritos, onde o jardineiro mostra como plantar em casa:
Dica de Preparo Otimizando a Extração de EGCG
Para maximizar a extração das catequinas, especialmente a EGCG, a temperatura da água e o tempo de infusão são cruciais. Use água filtrada ou mineral aquecida a uma temperatura de aproximadamente 80°C (nunca fervente). Infusões longas podem liberar taninos em excesso, tornando o sabor amargo e reduzindo a absorção de nutrientes. O tempo ideal é de 2 a 3 minutos, utilizando cerca de 1 colher de chá de folhas para 200 ml de água.
Se você busca maximizar os efeitos metabólicos do chá-verde, considere tomá-lo entre as refeições, para não prejudicar a absorção de ferro, e sempre seguindo as orientações de um profissional de saúde qualificado. Compartilhe este artigo com quem também busca uma vida mais saudável!
O chá-verde e seu legado na medicina fitoterápica
O chá-verde mantém seu status como uma das plantas medicinais mais relevantes da atualidade, graças à constante comprovação científica de suas diversas propriedades terapêuticas. Os compostos bioativos desta folha milenar oferecem um caminho natural para a prevenção e o auxílio no tratamento de várias condições de saúde, do metabolismo à proteção celular.
- A epigalocatequina galato (EGCG) é o principal fitoquímico responsável pelas ações termogênicas e antioxidantes, validando o uso tradicional do chá-verde.
- Estudos clínicos, como os citados, confirmam os benefícios terapêuticos para a saúde cardiovascular e o controle do perfil lipídico.
- A versatilidade da planta permite tanto seu cultivo doméstico quanto a utilização eficiente em diferentes formas de preparo, garantindo a ingestão de seus princípios ativos.

Referências Bibliográficas
- CAPPELLETTI, Sarah; DALL’ACQUA, Stefano; INVERNIZZI, Gianpaolo. Caffeine and EGCG: Partners in crime or just good friends? Physiology & Behavior, v. 222, 112933, 2020.
- HURSEL, R. et al. The effects of green tea on weight loss and weight maintenance: a meta-analysis. International Journal of Obesity, v. 33, n. 9, p. 956–961, 2009.
- WANG, Honglei et al. Effects of catechin-enriched green tea on body composition and cardiovascular risk factors in overweight and obese adults: A systematic review and meta-analysis. The American Journal of Clinical Nutrition, v. 105, n. 6, p. 1445-1455, 2017.










