A babosa (Aloe vera) é uma das plantas medicinais mais versáteis e estudadas pela ciência moderna devido ao rico gel encontrado no interior de suas folhas. Reconhecida por sua impressionante capacidade de regeneração, ela oferece soluções naturais que vão desde o cuidado dermatológico até o suporte ao sistema digestivo.
- Aceleração da cicatrização e regeneração cutânea.
- Ação laxativa e reguladora do trânsito intestinal.
- Propriedade anti-inflamatória potente para tecidos internos e externos.
Propriedade cicatrizante e epitelizante
O gel da babosa contém glucomanano e acemanano, polissacarídeos que estimulam a proliferação de fibroblastos e a produção de colágeno na derme. Segundo o pesquisador Francisco José de Abreu Matos no livro Farmácias Vivas,
“O uso tópico do parênquima mucilaginoso da babosa acelera a retração de feridas e a reepitelização, sendo indicado para queimaduras de primeiro e segundo graus” (MATOS, 2002).
Modo de uso: Para tratar irritações na pele, extraia o gel transparente de uma folha fresca e aplique diretamente sobre a área afetada, deixando agir por 15 minutos antes de enxaguar.

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Ação laxativa e reguladora do intestino
O látex da babosa, presente logo abaixo da casca, possui antraquinonas como a aloína, que aumentam o peristaltismo e o conteúdo de água no intestino. Conforme descrito por Lorenzi e Matos na obra Plantas Medicinais no Brasil,
“A presença de derivados antraquinônicos confere à babosa uma ação laxativa enérgica, indicada para casos de constipação intestinal crônica” (LORENZI; MATOS, 2008).
É fundamental cautela no consumo interno, garantindo que a casca externa seja removida para evitar doses excessivas de aloína, que podem causar cólicas abdominais fortes.
Como plantar babosa em casa com facilidade
A babosa é uma suculenta extremamente resistente que prefere solos bem drenados e arenosos, evitando o acúmulo de água que pode apodrecer suas raízes. Ela se desenvolve melhor em locais com exposição solar direta, embora tolere sombra parcial em regiões de clima muito quente.
Para o plantio, recomenda-se o uso de vasos com furos no fundo e uma mistura de terra com areia grossa. A rega deve ser espaçada, ocorrendo apenas quando o solo estiver completamente seco ao toque, garantindo que a planta mantenha sua concentração de compostos bioativos e mucilagem.
Se você gosta de plantar, separamos esse vídeo do canal Vida Verde Sistemas Sustentáveis mostrando como plantar babosa em casa:
Propriedade anti-inflamatória e calmante
Os esteróis vegetais e a bradicininase presentes na babosa atuam reduzindo a produção de mediadores inflamatórios no organismo. De acordo com o formulário fitoterápico da Farmacopeia Brasileira,
“O gel de Aloe vera demonstra atividade anti-inflamatória significativa, auxiliando na redução de edemas e processos irritativos da mucosa e da epiderme” (ANVISA, 2021).
Esta ação torna a planta uma excelente aliada no alívio de picadas de insetos, psoríase leve e até mesmo inflamações nas gengivas quando utilizada na forma de bochechos específicos.
Saúde integral com o uso correto da babosa
Integrar a babosa em seus cuidados diários representa uma conexão direta com a farmácia da natureza, oferecendo benefícios que equilibram o corpo por dentro e por fora. O cultivo doméstico assegura que você tenha sempre à mão um ingrediente fresco e livre de conservantes sintéticos para suas necessidades terapêuticas.

- A babosa é um dos regeneradores celulares mais potentes do reino vegetal.
- Seu cultivo exige baixa manutenção, sendo ideal para quem tem pouco tempo para jardinagem.
- A ciência ratifica seu papel crucial tanto na dermatologia quanto na gastroenterologia funcional.
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Referências Bibliográficas
- ANVISA. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 2. ed. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2021.
- LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmácias Vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades. 4. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2002.










