A Dengue é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, prevalente principalmente em áreas tropicais e subtropicais. A manifestação dos sintomas pode variar amplamente entre os indivíduos infectados. Enquanto alguns não apresentam sintomas aparentes, outros podem desenvolver formas graves da doença que, em casos extremos, podem levar à morte. Pesquisas recentes destacam a importância das respostas imunológicas específicas no desenvolvimento dos diferentes quadros clínicos da Dengue.
Em um estudo conduzido pelas universidades de Mahidol, na Tailândia, e de Cambridge, no Reino Unido, pesquisadores buscaram entender as razões por trás da variação dos sintomas da Dengue. As conclusões revelaram que indivíduos assintomáticos apresentavam respostas imunológicas mais eficazes, ativando linfócitos T CD8 e células NK rapidamente, os quais são fundamentais na resposta antiviral precoce. Este comportamento imunológico eficiente parece impedir que a doença provoque sintomas severos.
Quais são os mecanismos por trás das formas mais severas da Dengue?

Por outro lado, em casos de Dengue sintomática, especialmente os graves, os pesquisadores identificaram um panorama imunológico diferente. Observou-se uma interação mediada por anticorpos, resultando na ativação de plasmablastos que produzem imunoglobulinas. Este fenômeno está relacionado com a ação da citocina IL-10, conhecida por modular a inflamação, mas que pode também desencadear respostas inflamatórias excessivas, contribuindo assim para o agravamento da doença.
Dengue: quais os sintomas e diagnóstico?
A Dengue, principalmente em suas fases iniciais, apresenta sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, dores corporais e articulares, erupções cutâneas, além de náuseas e vômitos. Estes sintomas normalmente se manifestam de três a 14 dias após a picada do mosquito infectado. A evolução da doença pode variar, com a maioria dos casos evoluindo para a cura após uma ou duas semanas.
Como deve ser abordado o tratamento para a Dengue?
Nos casos de Dengue clássica, o tratamento é basicamente sintomático, utilizando analgésicos e antitérmicos, como paracetamol ou dipirona, sempre sob orientação médica. Medidas como repouso e hidratação são fundamentais para a recuperação. Contudo, em situações de Dengue hemorrágica, o paciente necessita de hospitalização imediata, onde pode ser necessário o uso de medicamentos específicos e transfusões de plaquetas.
A pesquisa sugere que uma compreensão mais profunda das respostas imunológicas pode guiar o desenvolvimento de vacinas mais eficazes e estratégias de prevenção. Compreender como o sistema imunológico reage de forma distinta ao mesmo patógeno oferece insights valiosos para mitigar o impacto da Dengue, que continua a ser um desafio significativo para a saúde pública global.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271










