Nos últimos anos, a abordagem para o tratamento da obesidade tem evoluído consideravelmente, refletindo-se em novas opções farmacológicas que prometem transformar a gestão do peso. Com a recente aprovação pela FDA do comprimido diário de Wegovy, o mais recente tratamento da Novo Nordisk, um novo capítulo se inicia para quem busca medicamentos que auxiliam na perda de peso. O princípio ativo do comprimido, a semaglutida, já é conhecido por sua eficácia em tratamentos injetáveis, como o próprio Wegovy e Ozempic. Entretanto, a nova versão em comprimido representa uma alternativa que promete ampliar o acesso para pacientes que preferem evitar injeções.
Este lançamento surge em um momento em que a obesidade é um problema de saúde pública nos Estados Unidos, com aproximadamente um em cada oito adultos utilizando medicamentos à base de semaglutida. Estudos demonstram que o comprimido de Wegovy alcança resultados semelhantes aos de sua versão injetável, promovendo uma perda de peso significativa em ensaios clínicos. Espera-se que esta opção esteja disponível sob prescrição médica a partir de janeiro, oferecendo uma nova esperança para aqueles que enfrentam dificuldades com métodos anteriores de emagrecimento.
Quais são as diferenças entre os comprimidos de Wegovy e outros medicamentos?
Ao abordar as diferenças entre o comprimido de Wegovy e outros medicamentos disponíveis, é importante notar que, embora o comprimido necessite de ser ingerido em jejum, alguns concorrentes, como o orforglipron da Lilly, não possuem restrições quanto ao horário e alimentação. A flexibilidade associada ao orforglipron pode representar uma vantagem significativa, especialmente para pacientes que priorizam conveniência no tratamento. No entanto, ambos os comprimidos, Wegovy e orforglipron, efetivam uma perda substancial de peso quando comparados com placebos em testes clínicos.

Quais são os principais efeitos colaterais e desafios do novo comprimido?
Apesar dos benefícios, o comprimido de Wegovy não é isento de efeitos colaterais. Assim como os medicamentos injetáveis à base de GLP-1, problemas gastrointestinais, como náuseas e vômitos, são comumente relatados. Em ensaios clínicos, uma porcentagem notável de participantes interrompeu o tratamento devido a esses efeitos adversos. Por isso, a escolha do medicamento precisa considerar não apenas a eficácia para a perda de peso, mas também a tolerância do organismo a longo prazo.
Como a escolha do medicamento pode influenciar o tratamento da obesidade?
Para muitos pacientes, a escolha entre comprimidos ou injeções pode ser crítica e baseada em fatores como conveniência, preço e eficácia. Médicos e especialistas como a endocrinologista Judith Korner avaliam não apenas a funcionalidade dos medicamentos, mas também o custo-benefício envolvido e a segurança para o uso contínuo. O comprimido de Wegovy, com preço inicial mais acessível, ainda assim implica em custos crescentes com o aumento das doses necessárias ao longo do tratamento.
Com o avanço das opções farmacêuticas, há uma expectativa crescente de que esses medicamentos não só ajudem na perda de peso, mas também contribuam para a melhora de outras condições de saúde, como doenças cardíacas e apneia do sono. No entanto, esses avanços ainda estão em fase inicial, exigindo uma avaliação cuidadosa por parte dos profissionais de saúde para determinar a melhor abordagem individualizada para cada paciente. A complexidade dos tratamentos farmacológicos para a obesidade reflete um campo em rápida evolução, onde inovação e eficácia caminham lado a lado.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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