O mercado de Suplementos alimentares no Brasil tem experimentado um crescimento significativo, impulsionado por campanhas de marketing nas redes sociais e promessas de resultados rápidos. Muitas pessoas estão recorrendo a vitaminas, proteínas e fitoterápicos na busca por emagrecimento, ganho de massa muscular ou fortalecimento do sistema imunológico, frequentemente sem orientação profissional. Essa tendência, no entanto, tem gerado preocupações entre especialistas da saúde devido aos riscos associados ao uso indiscriminado desses produtos.

Profissionais de saúde, como a nutróloga Camila Cianco, têm observado um aumento no número de pacientes que apresentam sintomas relacionados ao consumo excessivo de Suplementos. Entre os problemas mais comuns estão insônia, agitação, dores abdominais, acne e queda de cabelo. Em casos mais graves, há relatos de alterações hepáticas, renais e até arritmias cardíacas. A utilização de estimulantes como cafeína e sinefrina, presentes em termogênicos, pode levar a crises hipertensivas, enquanto o excesso de vitaminas lipossolúveis pode resultar em toxicidade hepática e distúrbios neurológicos.
Quais são os riscos do uso excessivo de Suplementos?
O uso indiscriminado de Suplementos alimentares pode acarretar uma série de efeitos adversos. Entre os sintomas mais frequentes estão náuseas, dores abdominais, diarreia, constipação, taquicardia e tremores. Além disso, a ingestão excessiva de algumas vitaminas, como a vitamina D, pode levar à formação de cristais de cálcio nos rins, resultando em insuficiência renal. A vitamina B3, por exemplo, foi associada a um maior risco de infarto em estudos clínicos, apesar de ter sido prescrita para reduzir o colesterol.
Como as redes sociais influenciam o consumo de Suplementos?
As redes sociais desempenham um papel significativo na popularização dos Suplementos alimentares. Influenciadores digitais e profissionais de saúde compartilham informações que, muitas vezes, são interpretadas fora de contexto pelos seguidores. Isso leva muitos a adotarem o uso de substâncias como coenzima Q10 ou ácido fólico sem necessidade comprovada. Protocolos personalizados são frequentemente vendidos como produtos exclusivos, mesmo sem evidências de sua eficácia, o que pode representar um risco à saúde dos consumidores.
Qual é o papel do acompanhamento profissional na suplementação?
Apesar dos riscos associados ao uso indiscriminado de Suplementos, a suplementação pode ser benéfica quando realizada sob orientação profissional. Médicos e nutricionistas têm a responsabilidade de avaliar a real necessidade clínica de cada paciente, considerando exames, histórico médico e sintomas. A suplementação sem uma deficiência comprovada pode mascarar problemas de saúde ou até agravá-los. Portanto, é essencial que o consumo de suplementos seja baseado em evidências e acompanhado por profissionais qualificados.
Em suma, enquanto o mercado de Suplementos alimentares continua a crescer, é crucial que os consumidores estejam cientes dos riscos associados ao uso inadequado desses produtos. A orientação profissional é fundamental para garantir que a suplementação seja segura e eficaz, evitando complicações de saúde e promovendo o bem-estar dos indivíduos.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271








