A flor do girassol (Helianthus annuus) está entre as plantas medicinais mais valorizadas na fitoterapia mundial, reconhecida por sua rica composição em nutrientes e compostos bioativos. Utilizada há gerações em práticas populares, suas propriedades vêm sendo validadas por diversas pesquisas científicas que comprovam seu potencial terapêutico e nutricional.
- Ação anti-inflamatória evidenciada em estudos
- Efeito antioxidante na proteção contra danos celulares
- Contribuição na saúde cardiovascular e regulação do colesterol
Além desses benefícios, a flor do girassol apresenta grande versatilidade: pode ser utilizada em infusões, óleos ou também em receitas funcionais, desde que respeitadas orientações baseadas em pesquisas científicas atualizadas.

Por que o girassol tem efeito anti-inflamatório?
Os principais responsáveis por esse efeito são os polifenóis e ácidos fenólicos presentes nas flores do girassol. Essas substâncias agem diretamente nos mecanismos inflamatórios do corpo, ajudando a bloquear mediadores pró-inflamatórios e proporcionando alívio de sintomas, além de contribuir para a prevenção de doenças crônicas associadas à inflamação.
“Os extratos da flor do girassol demonstram ação anti-inflamatória significativa, inibindo citocinas inflamatórias, graças à presença de polifenóis, mostrando potencial clínico no tratamento de inflamações crônicas.” (LUO, Jie; HAN, Li; LIU, Xuejiao. Journal of Ethnopharmacology, 2014).
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Como a flor do girassol age como antioxidante?
Rica em flavonoides e outros antioxidantes, a flor do girassol auxilia na neutralização de radicais livres, retardando o envelhecimento celular e prevenindo doenças degenerativas. Os flavonoides e ácidos fenólicos promovem a integridade de tecidos e órgãos, sendo essenciais na manutenção da saúde frente ao estresse oxidativo.
“Compostos da flor do girassol, principalmente flavonoides, apresentam ação antioxidante relevante, protegendo as células contra danos oxidativos.” (SABIR, S.M.; ROCHA, J.B. Food and Chemical Toxicology, 2008).
Quais são os benefícios para o sistema cardiovascular?
O girassol é uma fonte rica de ácidos graxos insaturados, como o ácido linoleico, que estão presentes tanto nas flores quanto nas sementes. Esses componentes ajudam a manter níveis saudáveis de colesterol e promovem o equilíbrio cardiovascular. Por isso, incluir a flor (ou sementes) do girassol na alimentação, seja em infusões ou como suplemento, pode ser uma medida natural importante para proteger o coração.
“A flor do girassol auxilia no controle do colesterol devido ao seu perfil lipídico e pode ser considerada uma opção natural na prevenção de doenças cardiovasculares.” (OGBONNA, A.I.; OKOLO, E.C. Journal of Medicinal Plants Research, 2013).

Como preparar e consumir a flor do girassol com segurança?
O consumo medicinal mais seguro da flor do girassol se dá na forma de infusão das pétalas secas. Para isso, recomenda-se secar as pétalas ao abrigo da luz e umidade e infusionar em água quente por poucos minutos, extraindo ao máximo seus compostos benéficos. As sementes também podem ser ingeridas de forma natural, sem sal, como complemento nutricional na dieta. O acompanhamento por profissional de saúde é fundamental antes de qualquer uso contínuo.
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Resumo dos principais benefícios da flor do girassol
- Poder anti-inflamatório e antioxidante garantido por polifenóis e flavonoides, conforme estudos reconhecidos internacionalmente.
- Contribuição para saúde cardiovascular, graças à presença de ácidos graxos insaturados.
- A infusão das pétalas secas é a forma de uso mais recomendada e segura, de acordo com a literatura científica.
Referências Bibliográficas
- Luo, Jie; Han, Li; Liu, Xuejiao. Anti-inflammatory activities of Helianthus annuus L. flower extract. Journal of Ethnopharmacology, v. 153, n. 2, p. 464-471, 2014.
- Ogbonna, A.I.; Okolo, E.C.. Nutritional and medicinal evaluation of sunflower (Helianthus annuus) flowers. Journal of Medicinal Plants Research, v. 7, n. 49, p. 3662-3666, 2013.
- Sabir, S.M.; Rocha, J.B.. Antioxidant and hepatoprotective activity of Helianthus annuus flowers. Food and Chemical Toxicology, v. 46, n. 8, p. 2437-2444, 2008.
- Leite, João Paulo Vieira. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. São Paulo: Instituto Plantarum, 2020.










