A erva-doce (Foeniculum vulgare) é uma planta amplamente reconhecida tanto na fitoterapia quanto na alimentação pelo seu aroma marcante e múltiplos usos medicinais. Cultivada tradicionalmente em ambientes domésticos e utilizados em infusões, seu potencial terapêutico tem sido objeto de estudos científicos ao longo das décadas.
Entre suas propriedades medicinais verificadas, destacam-se:
- Ação antiespasmódica sobre o sistema digestivo
- Efeito expectorante em quadros respiratórios
- Potencial antioxidante devido à presença de compostos fenólicos
As propriedades bioativas da planta incluem substâncias como anetol, fenchona e flavonoides, amplamente estudados em publicações científicas internacionais.
Como funciona a propriedade antiespasmódica da erva-doce?
Entre os principais benefícios, destaca-se a ação antiespasmódica proporcionada pelos óleos essenciais presentes nas sementes da erva-doce. Esses compostos atuam relaxando a musculatura lisa do trato gastrointestinal, auxiliando especialmente na redução de cólicas e desconfortos abdominais. A atividade desses princípios ativos é respaldada por diversos estudos, e um dos mais citados enfatiza o papel central do anetol nesse processo.
“A administração do extrato de erva-doce demonstrou significativo efeito relaxante sobre espasmos intestinais, atribuído principalmente ao alto teor de anetol e outros constituintes fenólicos encontrados na espécie.” (MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento, 2009).
De que forma a erva-doce facilita o alívio de sintomas respiratórios?
O poder expectorante da erva-doce é resultado de seus compostos voláteis, destacando-se o anetol e a fenchona. Essas substâncias favorecem a expulsão de secreções das vias respiratórias, sendo frequentemente utilizadas em chás e xaropes caseiros para amenizar sintomas de tosses produtivas. Estudos confirmam a eficácia desses compostos em preparações fitoterápicas, ressaltando sua importância na fitoterapia respiratória. Em países como Alemanha e Índia, a erva-doce é tradicionalmente empregada na fitoterapia para tratar sintomas de bronquite e resfriados.
“Os óleos essenciais de erva-doce, ricos em anetol, promovem fluidificação e eliminação do muco, sendo recomendados no auxílio ao tratamento de bronquites e tosse.” (RODRIGUES, Vânia. Fitoterapia clínica: das evidências à prática, 2021).
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Qual o papel da erva-doce como agente antioxidante?
A ação antioxidante da erva-doce se deve aos flavonoides e compostos fenólicos presentes em suas sementes e folhas. Esses fitoquímicos auxiliam no combate aos radicais livres e reduzem o estresse oxidativo, contribuindo para a proteção celular e prevenção de doenças crônicas. Segundo estudos laboratoriais, a ingestão regular do extrato dessa planta pode representar um recurso complementar nos cuidados com a saúde, especialmente em populações expostas a fatores ambientais de risco. Resultados de pesquisas realizadas em Universidade Federal do Ceará e em laboratórios da Berlim também reforçam o potencial antioxidante da erva-doce.
“Em análises in vitro, os extratos de erva-doce apresentaram atividade antioxidante relevante, associada à presença de flavonoides e outros compostos fenólicos que neutralizam espécies reativas de oxigênio.” (WAGNER, Hildebert; BLADT, Sigrun. Plant Drug Analysis, 2001).
Como usar a erva-doce com segurança?
O uso medicinal da erva-doce pode ser feito através de infusões das sementes, incorporação em receitas culinárias ou uso tópico em compressas. Para melhor aproveitar seus benefícios, recomenda-se:
- Preparar chá utilizando 1 colher de chá das sementes para cada xícara de água fervente, deixando descansar por até 10 minutos antes de consumir
- Incluir as folhas frescas em saladas, sopas ou sucos
- Evitar consumo excessivo, principalmente por gestantes e crianças pequenas, sem orientação de um profissional de saúde
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Quais são os benefícios comprovados da erva-doce?
- A erva-doce apresenta propriedades antiespasmódicas, expectorantes e antioxidantes bem documentadas em literatura científica.
- Compostos como anetol e flavonoides são responsáveis pelos efeitos terapêuticos discutidos.
- Estudos reconhecidos internacionalmente reforçam a segurança e eficácia do uso tradicional, conforme demonstrado nas referências acima.
Referências bibliográficas
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6. ed. Fortaleza: Editora UFC, 2009.
- RODRIGUES, Vânia. Fitoterapia clínica: das evidências à prática. São Paulo: Ed. Senac, 2021.
- WAGNER, Hildebert; BLADT, Sigrun. Plant Drug Analysis. 2. ed. Berlin: Springer, 2001.
- SHOBANA, S.; NAJMUDEEN, A.; AKILANDAESWARI, P. Antioxidant potential of Foeniculum vulgare Mill. International Journal of Pharmaceutical Sciences and Research, v. 11, n. 2, p. 478-485, 2020.









