A presença de aditivos plastificantes nos alimentos é um problema crescente, como revela um novo relatório do CNR. Segundo o estudo, mais de 85% dos alimentos analisados contêm essas substâncias químicas. A exposição é especialmente preocupante para crianças pequenas, devido à sua constituição física mais frágil e dieta específica.
- Os aditivos plastificantes migram das embalagens para os alimentos.
- As crianças são as mais expostas a essas substâncias tóxicas.
- Normas mais rígidas são necessárias para proteger os consumidores.
Química nas nossas refeições: descobertas do relatório
O relatório examinou uma ampla variedade de alimentos comuns, como laticínios, cereais e carnes na Itália. Foram identificados até 20 tipos de plastificantes, incluindo alternativas aos ftalatos. Essas substâncias estão presentes em quantidades que variam entre adultos e crianças, com dados alarmantes para esses dois grupos.
Entre os consumidores mais jovens, a exposição pode superar mil nanogramas por quilo de peso corporal, ultrapassando em muito a dos adultos. A incidência é maior em bebês e crianças entre 1 e 3 anos de idade.
Identificando os alimentos com maior risco de contaminação
Carnes, cereais e doces estão entre os alimentos mais contaminados. Até mesmo alguns produtos embalados em vidro não estão livres do problema, já que os revestimentos dos materiais também contribuem para a contaminação. A análise evidencia uma falta de segurança alimentar que exige atenção urgente.
Ação recomendada: Para reduzir a exposição, evite aquecer alimentos em recipientes plásticos ou de vidro no micro-ondas, sempre que possível. Prefira materiais inertes, como cerâmica.

Rumo a mais segurança: diretrizes e recomendações
O estudo sugere a urgência de atualização das normas europeias, que atualmente se concentram apenas na migração de substâncias das embalagens. Essas normas não cobrem adequadamente os níveis de plastificantes nos próprios alimentos, expondo principalmente os grupos mais vulneráveis.
Laura Bianchi, especialista no setor, defende que é necessária uma legislação “mais restritiva para proteger os consumidores, especialmente as crianças”.
- Cereais e carnes lideram a lista dos alimentos contaminados.
- A exposição ultrapassa os limites de segurança para os mais jovens.
- Reformas legislativas são essenciais para uma proteção eficaz.








