O repolho roxo (Brassica oleracea var. capitata f. rubra) é um vegetal da família das crucíferas, conhecido por sua vibrante coloração e sabor único. Além de ser um ingrediente versátil na cozinha, ele é uma potência de compostos bioativos que oferecem importantes propriedades medicinais, com destaque para sua ação antioxidante e anti-inflamatória.
- Efeito Antioxidante e Anti-inflamatório
- Suporte à Saúde Cardíaca
- Benefícios para a Saúde Digestiva
Efeito antioxidante e anti-inflamatório
A cor roxa intensa do repolho é resultado da alta concentração de antocianinas, poderosos antioxidantes que combatem o estresse oxidativo e a inflamação no corpo. Estes compostos ajudam a proteger as células de danos e a reduzir o risco de doenças crônicas. Segundo um estudo sobre as propriedades do repolho roxo,
“O repolho roxo, devido ao seu rico conteúdo de antocianinas, exibe uma capacidade antioxidante e anti-inflamatória superior à de outros vegetais da família Brassica, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas associadas à inflamação e ao estresse oxidativo” (YANG et al., 2017).
Suporte à saúde cardíaca
O repolho roxo é um aliado da saúde cardiovascular. Suas antocianinas e fibras ajudam a reduzir os níveis de colesterol LDL (“ruim”) e triglicerídeos, enquanto seus compostos fenólicos auxiliam na manutenção de vasos sanguíneos saudáveis. Uma revisão sobre o impacto de crucíferas na saúde indicou que:
“O consumo regular de repolho roxo está associado a uma diminuição significativa dos fatores de risco cardiovascular, como a hiperlipidemia, graças à sua composição de antocianinas e fitoquímicos que atuam na modulação do metabolismo lipídico” (JOHNSON; HOSSAIN, 2021).
Benefícios para a saúde digestiva
Rico em fibras dietéticas, o repolho roxo é essencial para o bom funcionamento do sistema digestivo. As fibras promovem a regularidade intestinal, combatem a constipação e servem como prebióticos, alimentando a flora bacteriana benéfica do intestino. De acordo com pesquisa sobre alimentos funcionais,
“O repolho roxo, com seu alto teor de fibras e compostos bioativos, contribui para um ambiente intestinal saudável, promovendo o crescimento de probióticos e auxiliando na prevenção de distúrbios gastrointestinais” (BELCHOR et al., 2017).
Incluir o repolho roxo em saladas ou em conservas como chucrute pode ser uma ótima maneira de obter esses benefícios.
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Potencial anticancerígeno
Além das antocianinas, o repolho roxo contém glicosinolatos, que, quando digeridos, são convertidos em isotiocianatos. Esses compostos têm sido amplamente estudados por sua capacidade de inibir o crescimento de células cancerígenas e de auxiliar nos processos de desintoxicação do corpo. Uma pesquisa na Journal of Agricultural and Food Chemistry afirmou que:
“Os isotiocianatos derivados do repolho roxo demonstraram capacidade de induzir a apoptose (morte celular programada) em células cancerígenas e de modular as enzimas de desintoxicação hepática, o que reforça o potencial quimiopreventivo deste vegetal” (WU et al., 2015).
Uma dose de saúde vibrante
- O repolho roxo é uma excelente fonte de antocianinas e glicosinolatos, compostos que conferem a ele poderosas ações antioxidantes, anti-inflamatórias e anticancerígenas.
- Seu consumo regular contribui para a saúde cardiovascular, ajudando a regular o colesterol, e para a saúde digestiva, devido ao seu alto teor de fibras.
- Incorporar este vegetal na dieta é uma forma simples e saborosa de fortalecer as defesas do corpo e aproveitar seus benefícios terapêuticos e nutricionais.
Referências bibliográficas
- BELCHOR, L. et al. Functional Foods in Health and Disease. Oxford: Academic Press, 2017.
- JOHNSON, B.; HOSSAIN, F. M. Phytochemicals of Cruciferous Vegetables and Their Impact on Human Health. Journal of Food and Nutrition Research, v. 9, n. 4, p. 201-209, 2021.
- WU, Q. et al. Glucosinolate-derived Isothiocyanates in the Prevention of Cancer. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 63, n. 18, p. 4488-4496, 2015.
- YANG, C. S. et al. Antioxidant and Anti-inflammatory Properties of Red Cabbage (Brassica oleracea var. capitata f. rubra) Anthocyanins. Food Chemistry, v. 233, p. 41-48, 2017.








