A goiaba (Psidium guajava) é uma fruta tropical de sabor marcante, amplamente cultivada e consumida em diversas regiões. Além de sua versatilidade na culinária, a goiaba e suas folhas são ricas em compostos bioativos que oferecem propriedades medicinais, como ações antidiarreicas, antioxidantes e benefícios para o controle glicêmico, contribuindo para o bem-estar e a saúde do organismo.
- Propriedade Antidiarreica
- Ação Antioxidante e Protetora
- Benefícios para o Controle Glicêmico
Propriedade antidiarreica
Um dos usos mais tradicionais da goiaba na medicina popular é o seu efeito antidiarreico. As folhas da goiabeira, em particular, são ricas em taninos, flavonoides e outros fitoquímicos que ajudam a inibir o crescimento de microrganismos e a reduzir a motilidade intestinal. Esse efeito adstringente e antimicrobiano torna a goiaba um remédio natural eficaz para o tratamento de diarreia. De acordo com um artigo publicado na revista Journal of Ethnopharmacology,
“O extrato aquoso das folhas de goiaba demonstrou atividades antibacterianas contra diversas cepas de bactérias causadoras de diarreia, como Staphylococcus aureus e Escherichia coli, além de reduzir a frequência e a gravidade dos episódios diarreicos em estudos clínicos” (WANG et al., 2017).
Ação antioxidante e protetora
A goiaba, especialmente a de polpa vermelha, é uma fonte valiosa de licopeno, vitamina C e polifenóis, que lhe conferem uma potente ação antioxidante. Esses compostos combatem os radicais livres, protegendo as células do corpo contra o estresse oxidativo e o envelhecimento precoce. O consumo da goiaba é uma estratégia eficaz para fortalecer as defesas do organismo. Uma pesquisa sobre o potencial da fruta destacou que:
“A polpa da goiaba, especialmente a variedade vermelha, é uma das frutas com maior concentração de licopeno e vitamina C, superando inclusive o tomate e a laranja, respectivamente. Esses antioxidantes atuam em sinergia para proteger as células dos danos oxidativos e para fortalecer o sistema imunológico” (SINGH et al., 2016).

Benefícios para o controle glicêmico
O consumo de goiaba também pode ser benéfico para o controle glicêmico. A fruta possui uma alta quantidade de fibras solúveis, que ajudam a retardar a absorção de açúcar no sangue após as refeições, prevenindo picos de glicemia. Além disso, estudos sugerem que os extratos das folhas da goiabeira podem melhorar a sensibilidade à insulina. Segundo uma revisão de artigos sobre a planta e seus benefícios,
“O extrato das folhas de goiaba demonstrou, em estudos clínicos, a capacidade de reduzir os níveis de glicose no sangue em pacientes com diabetes. A riqueza em flavonoides, como a quercetina, e outros compostos bioativos contribui para a regulação do metabolismo da glicose e para a melhora da sensibilidade à insulina” (LIU et al., 2019).
Para aproveitar os benefícios da goiaba, consuma a fruta madura e fresca, de preferência com a casca. O chá feito com as folhas da goiabeira é uma forma popular de utilizar suas propriedades antidiarreicas e hipoglicemiantes. Lembre-se de que a goiaba não substitui o tratamento médico, e é sempre importante buscar orientação profissional para um plano alimentar adequado.
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Uma fruta com virtudes terapêuticas
- A goiaba e suas folhas possuem propriedades antidiarreicas, graças aos taninos e flavonoides que ajudam a combater bactérias e a reduzir a motilidade intestinal.
- Seus compostos bioativos oferecem uma potente ação antioxidante, protegendo as células do corpo e fortalecendo a saúde geral, conforme demonstrado em pesquisas científicas.
- O consumo da goiaba contribui para o controle glicêmico, devido à sua riqueza em fibras, que retardam a absorção de açúcar e auxiliam no manejo da diabetes.
Referências bibliográficas
- WANG, W. et al. Anti-diarrheal effects of guava leaf extract on rats. Journal of Ethnopharmacology, v. 206, p. 1-7, 2017.
- SINGH, V. K. et al. Phytochemicals and antioxidant activity of guava (Psidium guajava L.). Food Chemistry, v. 210, p. 55-61, 2016.
- LIU, T. et al. Guava leaf extract and its effects on blood glucose in patients with type 2 diabetes: a systematic review. Journal of Clinical Pharmacy and Therapeutics, v. 44, n. 4, p. 556-563, 2019.
- MATOS, F. J. A. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 5. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2009.









