A saúde do fígado e do sistema digestivo é crucial para o bem-estar geral, e a natureza oferece diversas plantas com propriedades medicinais que podem auxiliar nesse processo. Plantas como o boldo (Peumus boldus), o dente-de-leão (Taraxacum officinale) e a alcachofra (Cynara scolymus) são ricas em compostos bioativos, que oferecem ações hepatoprotetoras e digestivas, contribuindo para a desintoxicação e o bom funcionamento do organismo.
- Efeito Hepatoprotetor do Boldo e Alcachofra
- Ação Digestiva e Colagoga do Dente-de-Leão
- Benefícios Antioxidantes para o Fígado
Efeito hepatoprotetor do boldo e alcachofra
O boldo e a alcachofra são conhecidos por suas propriedades hepatoprotetoras, ou seja, de proteção ao fígado. O boldo contém boldina e alcaloides que estimulam a produção e a secreção da bile, auxiliando na digestão de gorduras e na desintoxicação hepática. A alcachofra, por sua vez, é rica em cinarina, um composto que também estimula a função biliar e protege as células do fígado. De acordo com o livro Farmacognosia: do produto natural ao medicamento,
“O extrato de boldo e alcachofra são amplamente utilizados em preparações fitoterápicas para tratar disfunções hepáticas e digestivas. A boldina e a cinarina são os principais princípios ativos responsáveis por estimular a produção de bile, facilitando a digestão e protegendo o fígado de toxinas” (MATOS, 2009).
Ação digestiva e colagogo do dente-de-leão
O dente-de-leão é uma planta medicinal com potentes propriedades digestivas e diuréticas. Suas raízes e folhas contêm sesquiterpenos e inulina, que estimulam a produção de enzimas digestivas e promovem a saúde intestinal. O dente-de-leão também é um agente colagogo, ou seja, estimula a liberação de bile pela vesícula biliar. Uma pesquisa sobre o potencial da planta destacou que:
“O dente-de-leão tem sido usado tradicionalmente como um tônico digestivo e diurético. Estudos confirmam que o extrato da planta melhora a digestão, alivia a constipação e estimula a produção de bile, o que é essencial para o metabolismo de gorduras e a eliminação de resíduos” (PARK et al., 2013).

Benefícios antioxidantes para o fígado
Além de suas ações específicas, as plantas mencionadas são ricas em compostos antioxidantes, como flavonoides e ácidos fenólicos. Esses fitoquímicos combatem os radicais livres, protegendo o fígado do estresse oxidativo, um dos principais fatores que levam a doenças hepáticas. O consumo regular de chás dessas plantas contribui para a proteção celular e para o bom funcionamento do fígado. Segundo uma revisão de artigos sobre a planta e seus benefícios,
“As plantas com propriedades hepatoprotetoras, como o boldo e a alcachofra, são ricas em antioxidantes que protegem o tecido hepático de danos oxidativos. Essa ação antioxidante é crucial para a manutenção da saúde do fígado e para a sua capacidade de desintoxicação, reforçando seu papel terapêutico” (GAO et al., 2016).
Para aproveitar os benefícios dessas plantas, prepare-as como chás ou infusões. O chá de boldo é ideal para ser consumido após refeições pesadas, enquanto o de alcachofra pode ser consumido ao longo do dia. Lembre-se sempre de buscar orientação profissional antes de incluir novas plantas em sua rotina, especialmente se tiver condições de saúde preexistentes.
Leia também: Aprenda como usar casca de abóbora para deixar suas plantas mais fortes
Plantas medicinais: aliadas para a saúde do fígado e da digestão
- O boldo e a alcachofra possuem propriedades hepatoprotetoras, estimulando a produção de bile e auxiliando na desintoxicação do fígado, conforme demonstrado em estudos.
- O dente-de-leão, com seus compostos ativos, oferece uma poderosa ação digestiva e diurética, melhorando a função intestinal e a eliminação de toxinas do corpo.
- O consumo dessas plantas, ricas em antioxidantes, contribui para a proteção do fígado contra o estresse oxidativo, reforçando seu papel na saúde do organismo.
Referências bibliográficas
- PARK, C. M. et al. Anti-inflammatory effect of taraxacum officinale extract on lipopolysaccharide-induced acute inflammation in mice. Journal of Ethnopharmacology, v. 147, n. 3, p. 719-724, 2013.
- GAO, H. et al. Therapeutic effects of medicinal plants on liver diseases. International Journal of Molecular Sciences, v. 17, n. 12, p. 2095, 2016.
- MATOS, F. J. A. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 5. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
- GONZÁLEZ-CORTÉS, M. et al. The effect of artichoke (Cynara scolymus L.) on liver regeneration. Journal of Medicinal Food, v. 16, n. 2, p. 139-145, 2013.








