A aroeira (Myracrodruon urundeuva) é uma árvore nativa da flora brasileira, valorizada por suas propriedades medicinais, em especial seu potencial para o tratamento de inflamações. O uso tradicional de suas cascas no alívio de aftas e problemas bucais é sustentado por pesquisas que identificam seus compostos fitoquímicos como agentes terapêuticos. A aroeira atua como um poderoso anti-inflamatório natural e antisséptico, sendo uma opção popular na medicina popular para a saúde bucal.
- A aroeira possui ação anti-inflamatória que reduz a dor e o inchaço causados pelas aftas.
- Seus compostos taninos conferem propriedades antissépticas e cicatrizantes, ajudando na recuperação das lesões.
- O extrato da planta atua como um adstringente, contribuindo para a limpeza e saúde da mucosa bucal.
Propriedade adstringente e antisséptica da aroeira
Os taninos, presentes em alta concentração na aroeira, são os principais responsáveis por sua ação adstringente e antisséptica. Ao entrar em contato com a mucosa bucal, eles promovem a contração dos tecidos, o que ajuda a secar e a proteger a lesão da afta. Esse efeito adstringente cria uma barreira protetora que impede a proliferação de microrganismos e acelera o processo de cicatrização, conforme destacado por estudos em fitoterapia.
“A atividade adstringente da aroeira deve-se, principalmente, à presença de taninos condensados, que reagem com as proteínas da saliva e da mucosa, formando uma camada protetora sobre as lesões, como as aftas” (BRANDÃO et al., 2011).
Ação anti-inflamatória para redução da dor e desconforto
Além de sua ação protetora, a aroeira apresenta potentes propriedades anti-inflamatórias que são essenciais para o tratamento de aftas. A dor e o inchaço são os sintomas mais incômodos dessas lesões, e os compostos fenólicos da planta agem diretamente para reduzir a resposta inflamatória do corpo. Isso resulta em um alívio mais rápido do desconforto e da sensibilidade na região afetada, o que é um dos principais motivos para seu uso medicinal.
“Estudos farmacológicos comprovaram que o extrato de aroeira possui a capacidade de inibir a produção de mediadores inflamatórios, conferindo-lhe uma significativa ação anti-inflamatória, que pode ser aplicada no tratamento de lesões bucais” (SANTOS et al., 2010).

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Como utilizar a aroeira para aliviar aftas
A forma mais comum de utilizar a aroeira para problemas bucais é através de bochechos ou gargarejos com o chá preparado a partir de suas cascas. Para um preparo simples, ferva 1 colher de sopa de casca de aroeira em 1 litro de água por 10 minutos. Deixe esfriar, coe e use o líquido para bochechar a área afetada de 2 a 3 vezes ao dia. Esta prática ajuda a limpar a região, acelerar a cicatrização e aliviar o desconforto.
É importante observar que a aroeira pode causar reações alérgicas em algumas pessoas e deve ser utilizada com cautela. Não a utilize em caso de gravidez ou se tiver sensibilidade conhecida à planta. Consulte um profissional de saúde ou dentista antes de iniciar qualquer tratamento com plantas medicinais para garantir a segurança e a eficácia.
A aroeira como aliada da saúde bucal
A aroeira é uma planta medicinal com propriedades curativas cientificamente comprovadas, sendo uma excelente opção para o tratamento de aftas e inflamações na boca. Sua combinação de ação anti-inflamatória, antisséptica e adstringente oferece um alívio eficaz e natural para o desconforto causado por essas lesões. A utilização correta da aroeira pode ser uma parte valiosa de um regime de cuidados pessoais.
- Os taninos da aroeira agem como um adstringente, criando uma camada protetora nas aftas.
- Seu efeito anti-inflamatório, confirmado por estudos, ajuda a diminuir a dor e o inchaço.
- A aroeira oferece uma alternativa natural e eficaz para a higiene e o tratamento de lesões na boca.
Referências bibliográficas
- BRANDÃO, M. G. L. et al. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 7. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2011.
- SANTOS, L. S. et al. Avaliação da atividade anti-inflamatória do extrato etanólico de Myracrodruon urundeuva Fr. All. (aroeira). Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 20, n. 4, p. 573-578, 2010.
- MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais: Guia Prático de Fitoquímica e Fitoterapia. Fortaleza: Edições UFC, 2007.