Nos últimos anos, inovações tecnológicas na área da oftalmologia têm proporcionado alternativas promissoras para corrigir problemas de visão de maneira menos invasiva. Um exemplo disso é a técnica de Remodelação Eletromecânica (EMR), desenvolvida por pesquisadores e apresentada durante a reunião de outono da American Chemical Society. Este método visa remodelar a córnea utilizando uma corrente elétrica em vez de lasers, oferecendo uma abordagem potencialmente mais segura e rápida.
A córnea, localizada na parte frontal do olho, desempenha um papel crucial na focalização da luz na retina. Qualquer irregularidade em sua forma pode acarretar problemas de visão, como miopia e astigmatismo. Tradicionalmente, a cirurgia LASIK tem sido a técnica preferida para corrigir tais irregularidades, utilizando lasers para remodelar a córnea. No entanto, este procedimento envolve cortes e a remoção de tecido corneal, o que, para alguns pacientes, pode ser um pouco invasivo.
Como funciona a Remodelação Eletromecânica?

A Remodelação Eletromecânica propõe uma abordagem revolucionária ao utilizar uma pequena corrente elétrica aliada a uma lente de platina. Esse conjunto é capaz de ajustar o tecido corneal sem a necessidade de cortes ou lasers. A técnica é menos invasiva e promete um procedimento rápido, que pode durar cerca de um minuto. Além de ser mais confortável para o paciente, essa abordagem pode reduzir riscos associados a cirurgias tradicionais.
Quais são os benefícios da EMR sobre LASIK?
Comparada ao LASIK, a Remodelação Eletromecânica apresenta várias vantagens. Primeiramente, a ausência de cortes na camadas externas da córnea pode representar uma recuperação mais rápida e menos incômoda. Além disso, a tecnologia não remove tecido, preservando ao máximo a estrutura original do olho. A rapidez do procedimento também é um ponto a favor, permitindo correções de maneira eficiente.
O que o futuro reserva para cirurgias oculares?
Embora as pesquisas sobre a técnica de Remodelação Eletromecânica ainda estejam em desenvolvimento, sua proposta já levanta discussões significativas sobre o que o futuro reserva para intervenções oculares. Ser capaz de corrigir problemas de visão sem cirurgia convencional pode democratizar o acesso a essas correções, tornando-as disponíveis para uma maior gama de pacientes. Além disso, com avanços contínuos na tecnologia, pode-se esperar uma ampliação das condições tratáveis, abrindo novos horizontes na oftalmologia.
Em um cenário onde a busca por alternativas menos invasivas e mais seguras é constante, técnicas como a EMR representam um futuro promissor. Enquanto aguardamos por mais estudos e validações, a expectativa é que a oftalmologia continue a evoluir, trazendo sempre benefícios concretos para a saúde ocular da população mundial.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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