A Sálvia (Salvia officinalis) é uma erva aromática com um vasto histórico de uso medicinal, cujo próprio nome deriva do latim “salvare” (curar). Suas propriedades curativas são atribuídas à alta concentração de óleo essencial (rico em cânfora e cineol) e a compostos fenólicos, conferindo benefícios terapêuticos notáveis para a saúde da garganta inflamada e para a regulação de sintomas da menopausa.
Esta planta versátil é valorizada por:
- Ação Anti-inflamatória e Antisséptica no tratamento da garganta inflamada.
- Efeito Antidiaforético (antiperspirante), aliviando os calores da menopausa.
- Potente Ação Antioxidante e neuroprotetora.
Ação anti-inflamatória e antisséptica na garganta
Um dos usos mais tradicionais e eficazes da Sálvia é no tratamento de inflamações da boca e da faringe, como amigdalite e laringite, aliviando a garganta inflamada. Seus princípios ativos, especialmente os óleos voláteis e os taninos, promovem uma ação anti-inflamatória local, além de possuírem propriedade antisséptica que ajuda a combater microrganismos.
O gargarejo com a infusão de Sálvia é o método mais recomendado para esse benefício terapêutico. De acordo com a monografia da Comissão E Alemã, uma autoridade em fitoterapia,
“As folhas de Sálvia (Salvia officinalis) são indicadas para o tratamento de inflamações da mucosa oral e da faringe, devido aos seus efeitos antissépticos e adstringentes que promovem a cicatrização e alívio da dor” (BLUMENTHAL et al., 1998).

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Efeito antidiaforético e alívio da menopausa
A Sálvia possui uma propriedade medicinal única: o efeito antidiaforético, ou seja, a capacidade de reduzir a transpiração excessiva. Este efeito é particularmente útil para mulheres que sofrem de sudorese noturna e ondas de calor (fogachos), sintomas vasomotores comuns da menopausa. Acredita-se que os fitoquímicos da Sálvia atuem no centro termorregulador do hipotálamo.
Estudos clínicos têm validado o uso tradicional da Sálvia para esse fim hormonal. Segundo um ensaio clínico que investigou a eficácia da Sálvia em mulheres na menopausa,
“A suplementação oral com extrato fresco de Sálvia demonstrou reduzir significativamente a frequência e a intensidade dos fogachos, além de diminuir a sudorese noturna em mulheres na menopausa, confirmando seu papel como um agente antidiaforético eficaz” (BOMMER et al., 2011).
Ação antioxidante e proteção celular
A Sálvia é rica em compostos fenólicos, como o ácido rosmarínico, que é um poderoso antioxidante. Essa substância confere à planta uma forte ação antioxidante, que protege as células contra o estresse oxidativo e os radicais livres, contribuindo para a saúde geral e a longevidade. O uso do chá e da Sálvia na culinária é uma forma fácil de incorporar esses fitoquímicos.
O ácido rosmarínico é um dos principais princípios ativos responsáveis pelo valor funcional da planta. Uma análise da atividade antioxidante de ervas comuns confirma esse benefício.
“O ácido rosmarínico é o principal contribuinte para a elevada capacidade antioxidante da Sálvia, sendo eficaz na inibição da peroxidação lipídica e na proteção contra o dano celular, o que complementa suas propriedades anti-inflamatórias” (GÖKMEN et al., 2009).
Para aprofundar essa técnica, selecionamos o conteúdo do canal Nutricionista Patricia Leite, que já conta com mais de 8 milhões de inscritos. No vídeo a seguir, a nutricionista detalha outros benefícios dessa erva na saúde:
Conexão entre hormônios e saúde oral
A Sálvia é um fitoterápico com propriedades curativas bem definidas em duas áreas distintas: o alívio de inflamações locais (como a garganta inflamada) e a modulação dos sintomas vasomotores da menopausa (calores e sudorese). Seu perfil rico em óleos voláteis e ácidos fenólicos garante a eficácia desses benefícios terapêuticos.
- A ação antidiaforética da Sálvia, confirmada por Bommer et al. (2011), oferece alívio clinicamente relevante para os calores e a sudorese noturna da menopausa.
- O gargarejo com a infusão atua como antisséptico e anti-inflamatório, tratando a garganta inflamada (Blumenthal et al., 1998).
- A riqueza em ácido rosmarínico garante um forte suporte antioxidante para a saúde celular.
Referências bibliográficas
- BLUMENTHAL, M. et al. The Complete German Commission E Monographs: Therapeutic Guide to Herbal Medicines. Austin: American Botanical Council, 1998.
- BOMMER, S.; KLEIN, P.; SACHS, S. A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of an extract of Salvia officinalis (sage) leaves in the treatment of flushing. Advances in Therapy, v. 28, n. 6, p. 490-500, 2011.
- GÖKMEN, V. et al. The effect of brewing conditions on the antioxidant activity of sage (Salvia officinalis) tea. Food Chemistry, v. 115, n. 3, p. 1045-1049, 2009.









