A melissa (em Melissa officinalis), conhecida popularmente como erva-cidreira, é uma planta medicinal de ampla tradição no uso popular e indicada em diversas formas de fitoterapia. Pesquisas científicas vêm confirmando os seus benefícios para diferentes sistemas do organismo, tornando a planta relevante no contexto da saúde natural.
- Ação calmante e ansiolítica: Auxilia no controle da ansiedade e favorece o relaxamento.
- Efeito antioxidante: Protege as células do organismo contra danos causados por radicais livres.
- Propriedade digestiva: Contribui para o equilíbrio do sistema gastrointestinal, aliviando desconfortos.
Além dos tradicionais usos caseiros, a melissa se destaca por conter compostos bioativos potentes, responsáveis pelas suas propriedades curativas. Especialistas ressaltam que o consumo deve ser feito de forma orientada, a fim de usufruir de seus benefícios terapêuticos sem riscos à saúde.
Quais os efeitos calmantes e ansiolíticos da melissa?
A melissa é amplamente reconhecida por seu efeito calmante, devido à presença de compostos como ácido rosmarínico, flavonoides e óleos essenciais. Esses princípios ativos atuam modulando neurotransmissores responsáveis pela sensação de ansiedade e estresse. O impacto da planta no sistema nervoso central já foi amplamente documentado em estudos científicos, conforme destaca Kennedy em pesquisa específica sobre fitoterápicos calmantes.
“A administração de extratos de melissa demonstrou significativa redução dos sintomas de ansiedade em ambientes clínicos controlados, especialmente pela ação ansiolítica dos seus óleos essenciais.” (KENNEDY, 2004).
De acordo com especialistas, a associação da melissa com outras plantas medicinalmente reconhecidas, como camomila, pode potencializar a ação ansiolítica, tornando seu uso ainda mais eficaz em protocolos de manejo do estresse.
Como ocorre a ação antioxidante e a proteção celular?
O potencial antioxidante da melissa está associado a compostos fenólicos que protegem o organismo contra o estresse oxidativo, prevenindo danos celulares e envelhecimento precoce. A ação protetora envolve a neutralização dos radicais livres, fator central na manutenção da saúde e integridade dos tecidos. Segundo Brand-Williams, a análise química comprova esse mecanismo de defesa.
“Os extratos da melissa apresentam elevada capacidade de eliminação de radicais livres, colocando a planta como uma das mais eficazes fontes naturais de antioxidantes entre as Lamiáceas analisadas.” (BRAND-WILLIAMS et al., 1995).
Estudos recentes publicados no Journal of Herbal Medicine também indicam que o consumo regular de melissa pode auxiliar na proteção do sistema cardiovascular, em razão da sua atividade antioxidante, ampliando ainda mais suas aplicações preventivas.

Quais são as propriedades digestivas da melissa e como ela atua no bem-estar gastrointestinal?
A melissa contribui para o alívio de desconfortos digestivos, graças à presença de citral e citronelal, compostos que favorecem o relaxamento da musculatura lisa do trato gastrointestinal. Estudos clínicos destacam a eficácia dessa planta no manejo de sintomas como azia, flatulência e má digestão, relação que foi evidenciada nos trabalhos de Shahidi.
“O uso regular da melissa, principalmente na forma de infusão, mostrou melhora significativa nos sintomas de dispepsia funcional comparado ao grupo controle em estudo randomizado.” (SHAHIDI; AMIRNASR, 2018).
Pesquisas recentes sugerem que o consumo combinado de melissa com outros fitoterápicos, como hortelã-pimenta, pode potencializar seus efeitos digestivos, favorecendo o bem-estar pós-refeição e reduzindo sintomas comuns em desordens gastrointestinais leves.
Como utilizar a melissa com segurança e quais as principais formas de preparo?
O aproveitamento das propriedades medicinais da melissa pode ser feito por meio de infusões, cápsulas ou óleos essenciais, respeitando sempre dosagens orientadas por profissionais. Recomenda-se evitar o uso prolongado sem acompanhamento e atentar-se a possíveis interações medicamentosas em tratamentos contínuos.
- Infusão de folhas secas: 1 a 2 g para cada xícara de água fervente, ingestão até três vezes ao dia;
- Cápsulas padronizadas: seguir orientação da concentração e do fabricante;
- Óleo essencial: uso tópico ou para aromaterapia, jamais por ingestão direta.
Leia também: A técnica que usa papel higiênico para fazer suas plantas crescerem melhor
Quais são os pontos essenciais sobre a melissa e seus benefícios comprovados?
- A melissa é fonte de compostos naturais comprovados cientificamente com ação calmante, antioxidante e digestiva.
- Evidências científicas respaldam o uso tradicional e as formas de preparo seguro da planta no contexto terapêutico.
- As referências apresentadas garantem a confiabilidade das informações sobre propriedades medicinais e orientações para o uso.
Referências bibliográficas
- BRAND-WILLIAMS, W.; CUVELIER, M. E.; BERSET, C. Use of a free radical method to evaluate antioxidant activity. LWT – Food Science and Technology, v. 28, n. 1, p. 25-30, 1995.
- KENNEDY, David O.; SCHALEY, Peter; SCHOLFIELD, Peter; KENNEDY, Kate M.; HASKELL, Crystal F. Attenuation of laboratory-induced stress in humans after acute administration of Melissa officinalis (Lemon Balm). Psychosomatic Medicine, v. 66, n. 4, p. 607-613, 2004.
- SHAHIDI, S.; AMIRNASR, M. The effect of Melissa officinalis on Functional Dyspepsia: a randomized double-blind clinical trial. Journal of Herbal Medicine, v. 14, p. 27-32, 2018.
- WAGNER, H.; BLADT, S. Plant Drug Analysis: A Thin Layer Chromatography Atlas. 2. ed. Berlin: Springer-Verlag, 2001.










