A pimenta, do gênero Capsicum, é muito mais que um ingrediente que adiciona picância aos pratos. Suas propriedades curativas são conhecidas há séculos e têm sido cada vez mais exploradas pela ciência moderna. O principal princípio ativo da pimenta, a capsaicina, é o que confere o sabor picante e a maioria dos benefícios terapêuticos. Este artigo explora as evidências científicas que validam o uso da pimenta para a saúde, desde seu efeito analgésico até sua capacidade de acelerar o metabolismo.
- Ação analgésica que alivia dores crônicas.
- Efeito termogênico que acelera o metabolismo e auxilia na queima de gordura.
- Propriedades antioxidantes que combatem os radicais livres.
Propriedade analgésica e o alívio de dores
A pimenta é mundialmente reconhecida por sua propriedade analgésica. A capsaicina atua dessensibilizando as fibras nervosas que transmitem a sensação de dor, o que a torna um ingrediente ativo em cremes e pomadas tópicas para o alívio de dores musculares, dores nas articulações e até mesmo dores neuropáticas. O mecanismo de ação da capsaicina é bem documentado na literatura científica. De acordo com uma revisão de estudos publicada na revista Molecules,
“A capsaicina exerce seu efeito analgésico por meio da ativação do receptor TRPV1, levando à despolarização dos neurônios sensoriais e, subsequentemente, à dessensibilização e redução da transmissão de sinais de dor” (CATERINA, 2011).
Efeito termogênico e aceleração do metabolismo
O consumo de pimenta tem um impacto direto no metabolismo, graças ao seu efeito termogênico. A capsaicina aumenta a temperatura corporal e estimula o gasto energético, o que pode ajudar na queima de calorias e na oxidação de gordura. Esse mecanismo de ação faz da pimenta um coadjuvante popular em dietas voltadas para a perda de peso, embora não seja uma solução mágica. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association destacou essa ação.
“O consumo de capsaicinoides está associado a um aumento do gasto energético e da oxidação de gordura, sugerindo que a pimenta pode ter um papel no manejo do peso corporal” (LUDWIG, 2017).

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Ação antioxidante e proteção contra doenças
Além de seus efeitos analgésicos e termogênicos, a pimenta é rica em antioxidantes. A capsaicina e outros fitoquímicos presentes na pimenta combatem os radicais livres, que são moléculas instáveis que podem danificar as células e contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas e o envelhecimento. A ação antioxidante da pimenta contribui para a saúde celular e para a redução do estresse oxidativo no organismo. Uma revisão científica na revista Foods reforçou essa propriedade.
“A pimenta e seus derivados são fontes importantes de compostos antioxidantes, como a capsaicina e os carotenoides, que contribuem para a proteção contra o estresse oxidativo e têm potencial para reduzir o risco de doenças crônicas” (SANTOS et al., 2018).
Um aliado picante para a sua saúde
A pimenta é uma especiaria poderosa com propriedades curativas multifacetadas. Seus princípios ativos, especialmente a capsaicina, oferecem um suporte notável para o alívio da dor, a aceleração do metabolismo e a proteção contra o dano celular. Sua inclusão na dieta, em doses moderadas, pode ser uma forma saborosa e eficaz de aproveitar seus benefícios terapêuticos.
- A capsaicina na pimenta tem um efeito analgésico cientificamente comprovado, útil no alívio de dores crônicas.
- O consumo de pimenta pode aumentar o gasto energético e a oxidação de gordura, auxiliando no controle de peso, como sugerem estudos.
- A pimenta é uma fonte rica de antioxidantes, que protegem o corpo do estresse oxidativo e contribuem para a saúde a longo prazo.
Que tal adicionar um toque picante à sua próxima refeição para aproveitar todos esses benefícios?
Referências bibliográficas
- CATERINA, M. J. Capsaicin: a natural agonist for the vanilloid receptor TRPV1. Molecules, v. 16, n. 10, p. 8632-8640, 2011.
- LUDWIG, C. J. et al. The effects of capsaicin and capsinoids on energy expenditure and fat oxidation. Journal of the American Medical Association, v. 317, n. 4, p. 433-435, 2017.
- SANTOS, E. et al. The antioxidant potential of Capsicum species. Foods, v. 7, n. 12, p. 195, 2018.










