A fruta-do-conde (Annona squamosa), também conhecida como ata, é uma fruta tropical de sabor doce e polpa cremosa, apreciada em muitas partes do mundo. Além de ser uma delícia, a fruta-do-conde é um alimento funcional com compostos bioativos que oferecem propriedades medicinais, como ações antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas, que contribuem para o bem-estar geral do organismo.
- Ação Antioxidante e Anti-inflamatória
- Propriedades Antimicrobianas e Antivirais
- Benefícios Cardiovasculares e Glicêmicos
Ação antioxidante e anti-inflamatória
A fruta-do-conde é rica em flavonoides, alcaloides e carotenoides, que são poderosos antioxidantes. Esses fitoquímicos combatem o estresse oxidativo, neutralizando os radicais livres e protegendo as células do corpo contra danos. Essa composição também lhe confere um potente efeito anti-inflamatório, que pode auxiliar na redução de inflamações crônicas. De acordo com um estudo sobre o perfil químico da fruta-do-conde,
“O extrato da fruta-do-conde demonstrou uma significativa atividade antioxidante e anti-inflamatória, atribuída à presença de compostos como a apigenina e a quercetina. Esses fitoquímicos atuam inibindo enzimas inflamatórias, o que sugere seu potencial no tratamento de doenças inflamatórias” (GOMES et al., 2012).
Propriedades antimicrobianas e antivirais
As folhas e sementes da fruta-do-conde contêm compostos como as anonacinas e o acetogeninas, que possuem notáveis propriedades antimicrobianas. Esses princípios ativos são eficazes contra uma variedade de microrganismos, incluindo bactérias, fungos e até mesmo alguns vírus. Essa ação faz da fruta-do-conde um recurso promissor na medicina natural. Uma pesquisa sobre o potencial farmacológico da planta destacou que:
Leia Também
“O extrato de sementes e folhas de Annona squamosa exibiu uma forte atividade antibacteriana e antifúngica. Os acetogeninas, em particular, demonstraram um amplo espectro de atividade, agindo contra patógenos como Staphylococcus aureus e Candida albicans” (SHARMA; KUMAR, 2010).
Benefícios cardiovasculares e glicêmicos
A fruta-do-conde é uma fonte de fibras, potássio e antioxidantes, nutrientes que desempenham um papel importante na saúde cardiovascular. O potássio ajuda a regular a pressão arterial, enquanto as fibras auxiliam na redução dos níveis de colesterol ruim. Além disso, a fruta tem mostrado potencial para auxiliar no controle glicêmico. Segundo uma revisão sobre os benefícios da fruta-do-conde,
“O consumo de fruta-do-conde, rico em fibras e fitoquímicos, tem sido associado à melhora do perfil lipídico e à regulação da glicemia. A presença de compostos fenólicos contribui para a proteção contra o estresse oxidativo, um fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes” (RODRIGUES et al., 2015).
Para incluir a fruta-do-conde na sua dieta, consuma-a in natura ou adicione a polpa em vitaminas e sorvetes caseiros. É uma forma nutritiva de aproveitar seus benefícios.
Leia também: A hortaliça mais popular da cozinha que pode ajudar você a dormir melhor
Sabor, nutrição e saúde em uma só fruta
- A fruta-do-conde é um excelente agente antioxidante e anti-inflamatório, combatendo os radicais livres e a inflamação no corpo, conforme evidenciado por pesquisas científicas sobre seus fitoquímicos.
- Suas sementes e folhas possuem notáveis propriedades antimicrobianas e antivirais, atuando como um protetor natural contra infecções.
- O consumo da fruta contribui para a saúde cardiovascular e glicêmica, ajudando a regular a pressão arterial e a glicose no sangue.
Referências bibliográficas
- GOMES, I. R. et al. Chemical composition and antioxidant activity of extracts from Annona squamosa L. fruits. Food Chemistry, v. 135, n. 4, p. 1914-1919, 2012.
- RODRIGUES, L. et al. Therapeutic potential of Annona squamosa L.: a review on its traditional uses and pharmacology. Journal of Ethnopharmacology, v. 176, p. 116-128, 2015.
- SHARMA, A.; KUMAR, A. Antimicrobial activity of leaf and seed extracts of Annona squamosa Linn. Journal of Medicinal Plants Research, v. 4, n. 13, p. 1289-1294, 2010.
- ALONSO, J. Tratado de Fitofarmacología y Clínica Médica. Buenos Aires: Isis Ediciones, 2004.
