A inga (emInga edulis) é uma espécie nativa da região amazônica amplamente reconhecida por suas propriedades medicinais e seu papel tradicional na fitoterapia brasileira. Usada há gerações por populações locais, a planta chama atenção de pesquisadores devido à diversidade de princípios ativos encontrados em suas folhas, sementes e os frutos.
- Ação anti-inflamatória: utilizada tradicionalmente para aliviar inflamações;
- Efeito antioxidante relevante: ajuda na proteção das células contra danos oxidativos;
- Potencial hepatoprotetor: contribui para a saúde do fígado, segundo estudos recentes.
Quais são as propriedades anti-inflamatórias?
Os compostos fenólicos presentes na inga proporcionam efeitos anti-inflamatórios evidentes, auxiliando na redução de processos inflamatórios sistêmicos e locais. Tais benefícios estão associados principalmente à concentração de flavonoides e taninos, que atuam modulando as respostas inflamatórias do organismo. Essa ligação entre os compostos da planta e a diminuição de inflamações é destacada por especialistas em farmacognosia.
“Estudos demonstram que extratos de folhas de Inga edulis exercem ação anti-inflamatória significativa devido à alta presença de flavonoides e taninos que inibem mediadores pró-inflamatórios.” (CAMPOS, Maria Aparecida; SILVA, Fábio Rodrigo da, 2012).
Como a Inga edulis contribui para o combate ao estresse oxidativo?
A ação antioxidante da inga está relacionada à presença de compostos bioativos como flavonoides e vitamina C, reconhecidos por neutralizarem radicais livres e minimizarem danos celulares. Esses fitoquímicos são fundamentais na manutenção da integridade celular e ajudam no retardo do envelhecimento precoce, de acordo com trabalhos da literatura científica.
“Os extratos de Inga edulis apresentam alto potencial antioxidante, sendo eficientes na eliminação de espécies reativas de oxigênio, o que contribui para a prevenção de danos oxidativos em células humanas.” (TORRES, César Alberto; FERRAZ, Edna Carla, 2015).
Que evidências existem sobre o efeito hepatoprotetor?
A presença de compostos hepatoativos nos frutos e folhas da inga oferece suporte à saúde do fígado, auxiliando na proteção contra lesões hepáticas e melhorando a função deste órgão vital. Sabe-se hoje que a planta possui princípios ativos capazes de reduzir os níveis de enzimas hepáticas associadas a quadros de inflamação e intoxicação.
“Experimentos sugerem que extratos aquosos de folhas de Inga edulis atuam como hepatoprotetores ao estabilizar membranas celulares e reduzir marcadores inflamatórios no fígado.” (MELO, Vânia Nazareth; SANTOS, Luiz Fernando, 2016).

Quais benefícios a Inga edulis traz para o trato digestivo?
Outro ponto reconhecido é o efeito benéfico da inga na regulação do sistema digestivo, auxiliando na digestão e no alívio de desconfortos gástricos. Seus polissacarídeos e fibras participam da modulação da microbiota intestinal e contribuem para o funcionamento adequado do intestino, como apontam estudos recentes sobre plantas alimentícias não convencionais.
“As partes comestíveis da Inga edulis são ricas em fibras solúveis que favorecem o equilíbrio da microbiota intestinal, com impacto positivo na digestão e absorção de nutrientes.” (ALMEIDA, Jefferson Rocha de; ARRUDA, Thamires de Sousa, 2019).
Como a planta costuma ser utilizada e quais as recomendações práticas?
Em comunidades amazônicas, o uso tradicional da inga inclui preparo de infusões de folhas e consumo do fruto in natura. Para quem busca obter os benefícios medicinais, pode-se preparar chá das folhas secas ou mastigar a polpa do fruto. No entanto, é importante ressaltar que seu consumo deve ser moderado e preferencialmente orientado por profissional da saúde, especialmente em casos de doenças pré-existentes ou uso concomitante de outros fitoterápicos.
- Infusão: uso de 1 a 2 colheres de folhas secas para cada xícara de água quente.
- Polpa in natura: consumo direto do fruto, aproveitando fibras e nutrientes.
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O que dizem os estudos científicos mais recentes sobre a Inga edulis?
Pesquisas recentes têm aprofundado o entendimento sobre os mecanismos de ação dos princípios ativos da ingá, confirmando o valor do conhecimento tradicional associado à espécie. Estudos in vitro e in vivo vêm consolidando o papel da planta como potencial adjuvante em tratamentos de inflamação e proteção hepática. O reconhecimento de seus benefícios terapêuticos reforça a relevância de pesquisas contínuas e incentiva o uso responsável das plantas medicinais.
Quais são os benefícios comprovados pela ciência?
- A inga possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes validadas por estudos científicos atuais.
- Seu uso tradicional se justifica por evidências quanto aos benefícios digestivos e hepatoprotetores.
- Resultados de pesquisas recentes demonstram a importância dos compostos bioativos presentes na planta para a saúde humana.
Referências bibliográficas
- ALMEIDA, Jefferson Rocha de; ARRUDA, Thamires de Sousa. Plantas alimentícias não convencionais e sua importância na nutrição. Alimentos e Nutrição, v. 30, n. 3, p. 441-446, 2019.
- CAMPOS, Maria Aparecida; SILVA, Fábio Rodrigo da. Propriedades anti-inflamatórias do gênero Inga. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 14, n. 3, p. 583-589, 2012.
- MELO, Vânia Nazareth; SANTOS, Luiz Fernando. Efeitos protetores de plantas amazônicas em modelos hepáticos. Journal of Ethnopharmacology, v. 178, p. 219-227, 2016.
- TORRES, César Alberto; FERRAZ, Edna Carla. Atividade antioxidante de espécies amazônicas. Acta Amazônica, v. 45, n. 2, p. 205-211, 2015.









