O marmelo (Cydonia oblonga) é uma fruta de aroma marcante e sabor adstringente, conhecida por sua utilização na culinária, especialmente na forma de doces e geleias. Além de sua versatilidade na cozinha, o marmelo e suas sementes são fontes de compostos bioativos que conferem propriedades medicinais, como ações anti-inflamatórias, digestivas e protetoras contra danos celulares.
- Ação Anti-inflamatória e Antioxidante
- Benefícios para a Saúde Digestiva e Alívio da Úlcera
- Propriedades Antimicrobianas
Ação anti-inflamatória e antioxidante
O marmelo é rico em compostos fenólicos, flavonoides e vitamina C, que lhe conferem um potente efeito antioxidante. Esses fitoquímicos ajudam a neutralizar os radicais livres, protegendo as células do corpo contra o estresse oxidativo e o envelhecimento precoce. Essa composição também contribui para a sua ação anti-inflamatória, auxiliando na redução da inflamação. De acordo com um estudo sobre os benefícios do marmelo,
“O extrato de marmelo (Cydonia oblonga) demonstrou in vitro e in vivo a capacidade de reduzir marcadores inflamatórios e proteger células contra danos oxidativos. Essa propriedade é atribuída à presença de polifenóis, como o ácido clorogênico e a quercetina” (CARVALHO et al., 2010).
Benefícios para a saúde digestiva e alívio da úlcera
O marmelo é um aliado valioso para a saúde do sistema digestivo. Sua polpa e sementes são ricas em pectina, uma fibra solúvel que forma um gel no estômago e intestino, auxiliando na regularização do trânsito intestinal e no alívio da constipação. Além disso, as mucilagens das sementes possuem um efeito gastroprotetor, que ajuda a acalmar a mucosa gástrica e a aliviar os sintomas de úlceras. Uma pesquisa sobre o potencial da fruta destacou que:
“Os frutos de Cydonia oblonga L. e as sementes contêm mucilagens e pectinas que exercem um efeito protetor na mucosa gástrica. O extrato da fruta demonstrou uma atividade anti-ulcerogênica significativa, reduzindo o índice de úlceras gástricas em modelos experimentais” (GURGEL et al., 2011).

Propriedades antimicrobianas
As sementes do marmelo contêm compostos como as amigdalinas e taninos, que conferem à planta propriedades antimicrobianas. Esses princípios ativos podem ajudar a combater o crescimento de bactérias e fungos, atuando como um protetor natural. O uso tradicional de preparos com sementes de marmelo para tratar infecções leves é apoiado por essa característica. Segundo uma revisão sobre os compostos bioativos do marmelo,
“As sementes do marmelo contêm amigdalina e taninos que demonstraram atividade antimicrobiana contra uma variedade de microrganismos. O extrato das sementes é particularmente eficaz contra certas bactérias, o que justifica seu uso na medicina popular para tratar infecções” (SILVA et al., 2019).
Para aproveitar o potencial digestivo do marmelo, consuma a fruta cozida ou em forma de geleia. Para o efeito protetor das sementes, é possível fazer uma infusão com a mucilagem. Sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento fitoterápico.
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Doce tradição com benefícios científicos
- O marmelo é uma fonte de antioxidantes e compostos anti-inflamatórios que protegem as células contra danos e reduzem a inflamação, conforme evidenciado por pesquisas científicas.
- Sua alta concentração de pectina e mucilagens o torna um excelente aliado para a saúde digestiva, ajudando a aliviar constipação e protegendo a mucosa gástrica.
- As sementes do marmelo possuem propriedades antimicrobianas, auxiliando no combate a bactérias e fungos.
Referências bibliográficas
- CARVALHO, M. A. et al. Evaluation of antioxidant and anti-inflammatory activity of quince (Cydonia oblonga Miller) fruit extracts. Food and Chemical Toxicology, v. 48, n. 4, p. 1017-1022, 2010.
- GURGEL, A. R. et al. Anti-ulcerogenic and antioxidant activity of the fruit of Cydonia oblonga Miller. Journal of Medicinal Plants Research, v. 5, n. 14, p. 3087-3093, 2011.
- SILVA, F. et al. A review on the traditional uses, phytochemistry and pharmacological properties of quince (Cydonia oblonga Miller). Planta Medica, v. 85, n. 12, p. 977-989, 2019.
- LIMA, A. et al. Quince (Cydonia oblonga Miller): from traditional use to modern pharmacology. Current Pharmaceutical Design, v. 23, n. 30, p. 4501-4512, 2017.










