O jiló (Solanum gilo Raddi), um fruto frequentemente consumido como hortaliça, é conhecido por seu sabor amargo característico e valorizado na botânica medicinal por suas propriedades curativas. Suas sementes e polpa são ricas em compostos bioativos, como esteroides glicosídicos, que conferem benefícios terapêuticos importantes, especialmente no controle do colesterol (dislipidemia) e na saúde cardiovascular geral.
- Auxilia na redução dos níveis de colesterol total e triglicerídeos, beneficiando o coração.
- Possui ação antioxidante, protegendo as células contra o estresse oxidativo.
- É uma planta de fácil cultivo, exigindo sol pleno para um desenvolvimento ideal e alta produtividade.
Benefícios do jiló na redução do colesterol
A principal propriedade medicinal do jiló é seu efeito hipocolesterolêmico, ou seja, a capacidade de reduzir os níveis de colesterol. Os compostos ativos responsáveis por esse benefício são os esteroides glicosídicos e os saponinas, que interferem na absorção do colesterol no intestino e auxiliam na sua eliminação. Esse mecanismo de ação contribui diretamente para a saúde cardiovascular. Um estudo publicado no Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences reforça essa capacidade.
“O consumo de extrato de Solanum gilo demonstrou, em modelos experimentais, uma redução significativa nos níveis de colesterol total e lipoproteína de baixa densidade (LDL-colesterol), indicando seu potencial uso na prevenção e controle da hipercolesterolemia” (SANTOS et al., 2017).
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Ação antioxidante e proteção cardiovascular
O jiló é uma fonte de fitoquímicos, incluindo flavonoides e ácidos fenólicos, que lhe conferem propriedades antioxidantes. Esta ação é crucial para a saúde do coração e dos vasos sanguíneos, pois ajuda a combater o estresse oxidativo, que é um fator de risco para a aterosclerose e doenças cardiovasculares. O consumo de alimentos ricos em antioxidantes, como o jiló, é uma estratégia dietética importante. Pesquisas destacam a capacidade do jiló em neutralizar radicais livres.
“A atividade antioxidante dos extratos de Jiló está correlacionada com a concentração de compostos fenólicos, que desempenham um papel protetor contra o dano celular induzido por radicais livres” (SILVA et al., 2015).
Como plantar jiló em casa
O jiló é uma planta que prospera em condições de alta luminosidade, exigindo sol pleno (pelo menos 6 a 8 horas de luz solar direta por dia) para um desenvolvimento vegetativo adequado e uma produção abundante de frutos. Por ser uma planta de clima tropical, o jiló necessita de calor e muita luz para garantir que os processos de fotossíntese e frutificação ocorram de forma eficiente. O plantio é feito por sementes e a necessidade de sol é um fator limitante. A EMBRAPA enfatiza a importância da luminosidade.
Requisitos de luminosidade para a Produtividade
A exposição direta e prolongada ao sol é vital, pois a planta de jiló é sensível ao sombreamento. A ausência de sol pleno resulta em menor floração, queda de flores e, consequentemente, baixa produtividade e menor concentração de princípios ativos. O planejamento do local de plantio deve priorizar a máxima incidência de luz solar. O manual de cultivo de hortaliças orienta:
“O Jiló necessita de sol pleno para o seu ciclo de vida. O sombreamento excessivo reduz a produção de frutos e afeta a concentração de fitoquímicos, incluindo os glicoalcaloides de interesse medicinal” (EMBRAPA, 2010).
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Mais saúde para o coração e fibras
O jiló é um alimento funcional com propriedades medicinais cientificamente reconhecidas, especialmente no apoio à saúde cardiovascular por meio do controle do colesterol. Seu efeito hipocolesterolêmico, juntamente com sua riqueza em antioxidantes e a facilidade de cultivo em condições de sol pleno, o tornam um componente valioso para a dieta e a farmacopeia natural.
- Os esteroides glicosídicos presentes no jiló são os compostos ativos responsáveis por sua propriedade de reduzir o colesterol e o LDL, conforme estudos farmacológicos.
- A ação antioxidante dos flavonoides do jiló oferece proteção celular contra o estresse oxidativo, beneficiando a saúde vascular.
- A planta exige no mínimo 6 horas de sol pleno diariamente para garantir uma alta produtividade e a máxima concentração de fitoquímicos.
Referências bibliográficas
- EMBRAPA. Hortaliças: Cultivo e Requerimentos Climáticos. 5. ed. Brasília: EMBRAPA, 2010.
- SANTOS, Patrícia Aparecida dos et al. Effects of Solanum gilo Raddi (Jiló) on lipid profile and oxidative stress in rats. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 53, n. 4, e00234, 2017.
- SILVA, Rosângela Maria Fernandes da et al. Atividade Antioxidante de Extratos de Frutos de Solanum gilo. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 17, n. 4, p. 586-591, 2015.
