O manjericão (Ocimum basilicum) é uma erva aromática amplamente valorizada na medicina tradicional por sua densidade de compostos bioativos. Originária de regiões tropicais, esta planta combina versatilidade culinária com potentes benefícios terapêuticos que auxiliam no equilíbrio do organismo.
- Redução de processos inflamatórios através de óleos essenciais específicos.
- Proteção celular contra o estresse oxidativo e radicais livres.
- Suporte ao sistema digestivo e alívio de desconfortos gástricos.
Propriedade anti-inflamatória
O manjericão contém elevadas concentrações de eugenol, um fitoquímico que atua bloqueando enzimas responsáveis pela inflamação no corpo humano. Conforme detalhado por Harri Lorenzi e Francisco José de Abreu Matos na obra Plantas Medicinais no Brasil,
“O óleo essencial de manjericão, rico em eugenol, apresenta marcante ação anti-inflamatória e analgésica local, sendo indicado para dores reumáticas e musculares” (LORENZI; MATOS, 2008).
Uma aplicação prática comum envolve o uso tópico do óleo diluído ou o consumo da infusão para auxiliar no controle de inflamações sistêmicas leves. Manter o hábito de incluir as folhas frescas em saladas potencializa a absorção desses componentes ativos diariamente.

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Ação antioxidante e protetora
A presença de flavonoides como a orientina e vicenina no manjericão confere à planta a capacidade de proteger as estruturas celulares e o DNA contra danos externos. De acordo com o pesquisador Andrew Chevallier em seu guia Encyclopedia of Herbal Medicine,
“Estudos indicam que os flavonoides do manjericão protegem as células e os cromossomos contra a radiação e danos oxidativos causados pelo oxigênio” (CHEVALLIER, 2016).
Essa proteção é fundamental para prevenir o envelhecimento precoce dos tecidos e fortalecer a barreira imunológica natural. Consumir o extrato das folhas em preparações culinárias frias ajuda a manter a integridade desses fitoquímicos sensíveis ao calor excessivo.
Como plantar manjericão passo a passo
Para garantir a eficácia das propriedades medicinais, o ideal é cultivar o manjericão em ambiente controlado e livre de agrotóxicos. Esta planta adapta-se muito bem a vasos e canteiros ensolarados, desde que receba os cuidados básicos de nutrição.
- Inicie com sementes ou mudas em um vaso com solo bem drenado e rico em húmus de minhoca.
- Garanta que a planta receba pelo menos 6 horas de luz solar direta para estimular a produção de óleos aromáticos.
- Realize regas frequentes para manter a terra úmida, evitando o encharcamento que pode apodrecer as raízes.
- Faça a poda das flores assim que surgirem, pois isso prolonga a vida das folhas e mantém a concentração de princípios ativos.
Se você gosta de plantar, separamos esse vídeo do canal Minhas Plantas mostrando como plantar manjericão:
Benefícios para a saúde digestiva
O manjericão atua como um excelente agente carminativo, auxiliando na expulsão de gases e na redução de cólicas abdominais. Segundo o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira da Anvisa,
“O manjericão é indicado para o alívio de sintomas de má digestão e flatulência, atuando como antiespasmódico suave” (BRASIL, 2021).
O modo de uso terapêutico envolve a infusão de 2 a 3 gramas de folhas secas em água quente para beber após as principais refeições. Essa prática acalma o revestimento do estômago e facilita a quebra de gorduras durante a digestão.

Cultivo e consumo para uma vida saudável
Integrar o manjericão à rotina doméstica é uma estratégia simples e eficaz para promover a saúde preventiva através da fitoterapia. A combinação de seu cultivo prático com o alto valor medicinal torna esta erva indispensável em qualquer horta medicinal caseira.
- O consumo regular auxilia no combate à inflamação crônica e proteção do DNA celular.
- O plantio requer exposição solar intensa e regas regulares para manter o vigor das folhas.
- As evidências científicas publicadas pela Anvisa e em livros de botânica confirmam sua segurança terapêutica.
Referências Bibliográficas
- BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 2. ed. Brasília: Anvisa, 2021.
- CHEVALLIER, Andrew. Encyclopedia of Herbal Medicine. 3. ed. Londres: DK Publishing, 2016.
- LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008.










