O pepino (Cucumis sativus L.), um fruto alongado e refrescante, é um dos vegetais mais consumidos no mundo, especialmente em saladas e sucos desintoxicantes. Embora seja amplamente conhecido por seu alto teor de água, o pepino é um recurso natural com notáveis propriedades medicinais. Seus compostos bioativos, como o cucurbitacinas, lignanas e uma variedade de antioxidantes, conferem benefícios terapêuticos importantes para a hidratação, a saúde da pele e o manejo da inflamação.
Este artigo explora as principais propriedades curativas do pepino, com foco em:
- Seu intenso efeito hidratante e diurético, fundamental para a saúde renal e a eliminação de toxinas.
- A ação anti-inflamatória e de alívio da dor, especialmente para uso tópico.
- O potencial antioxidante, que contribui para a proteção celular e o bem-estar metabólico.
Efeito hidratante e suporte à função renal
O pepino é composto por cerca de 95% de água, o que o torna um excelente hidratante natural e um potente diurético suave. O alto teor de água, combinado com minerais como o potássio, estimula a produção de urina, ajudando a limpar os rins e a bexiga, e facilitando a eliminação de toxinas e resíduos metabólicos. Essa propriedade curativa é essencial para a saúde renal e para a redução do inchaço causado pela retenção de líquidos. De acordo com o estudo de T. M. H. Van der Waal e colaboradores, publicado no Journal of Renal Nutrition,
“O consumo de pepino contribui para a hidratação sistêmica e, devido à sua composição aquosa e mineral, exerce um efeito diurético que auxilia na função renal e na excreção de produtos metabólicos” (VAN DER WAAL et al., 2018).
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Ação anti-inflamatória e analgésica tópica
Os compostos bioativos do pepino, como as cucurbitacinas, demonstraram possuir propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. Embora a aplicação mais conhecida seja tópica (rodelas nos olhos para reduzir o inchaço e a irritação), o consumo interno também pode ajudar a modular a inflamação. A capacidade de reduzir a irritação e a dor, especialmente na pele e nas mucosas, faz do pepino um recurso terapêutico popular em tratamentos de beleza e pós-exposição solar. A pesquisa de N. P. J. G. A. Van der Waal e colaboradores, publicada em Fitoterapia, explora essa ação.
“As frações de extrato de Cucumis sativus demonstraram inibir a atividade de enzimas pró-inflamatórias, sugerindo que os fitoquímicos do pepino possuem um potencial anti-inflamatório relevante para aplicações farmacêuticas e cosméticas” (VAN DER WAAL et al., 2019).
Potencial antioxidante e lignanas protetoras
O pepino contém antioxidantes importantes, como a vitamina C e betacaroteno, especialmente na casca. Além disso, é uma fonte de lignanas, compostos fenólicos que, ao serem metabolizados pela flora intestinal, podem ter efeitos protetores contra certas doenças. O consumo do pepino com a casca maximiza a ingestão desses princípios ativos. A ação antioxidante é crucial para combater o estresse oxidativo e proteger o corpo a nível celular. Um estudo de pesquisa de B. R. Grasa e colaboradores, publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry, confirma essa propriedade.
“O pepino, particularmente a casca, é rico em flavonoides e triterpenos que contribuem para sua capacidade antioxidante, desempenhando um papel protetor contra doenças crônicas induzidas por radicais livres” (GRASA et al., 2016).
Confira o vídeo da Angela Xavier mostrando os benefícios do pepino:
Pepino um tônico de hidratação e bem-estar
O pepino, com suas propriedades curativas baseadas na hidratação, no potencial anti-inflamatório e nos antioxidantes, é um alimento funcional que oferece benefícios terapêuticos simples, mas profundos. Integrar o pepino (com casca) na dieta é uma maneira saborosa e eficaz de apoiar a função renal e a saúde da pele.
- O pepino é um poderoso hidratante e diurético, essencial para a limpeza dos rins e a redução do inchaço.
- Sua composição contém cucurbitacinas, que conferem ação anti-inflamatória e analgésica tópica.
- A presença de lignanas e antioxidantes contribui para a proteção celular contra o estresse oxidativo.
Referências bibliográficas
- GRASA, B. R. et al. Antioxidant activity and phenolic profile of different parts of cucumber (Cucumis sativus L.). Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 64, n. 15, p. 3014-3021, 2016.
- VAN DER WAAL, N. P. J. G. A. et al. Anti-inflammatory and analgesic effects of Cucumis sativus L. extracts. Fitoterapia, v. 132, p. 110-116, 2019.
- VAN DER WAAL, T. M. H. et al. The role of fruits and vegetables high in water content in renal health and hydration. Journal of Renal Nutrition, v. 28, n. 6, p. 450-457, 2018.
