A Esteatose Hepática representa uma condição alarmante, lutando por atenção no campo da saúde global devido ao seu rápido aumento. Este acúmulo excessivo de gordura no fígado é frequentemente silencioso, dificultando seu diagnóstico precoce. Segundo dados de uma publicação da revista Hepatology de 2023, a prevalência global da forma não alcoólica dessa condição saltou de 25% para cerca de 38% entre 1990 e 2019. Tal aumento tem preocupado especialistas de saúde, que veem nos hábitos de vida inadequados, como sedentarismo e dieta rica em processados, fatores primordiais para esse cenário.
Apesar de muitos acreditarem que a gordura no fígado está ligada apenas ao consumo exagerado de álcool, a realidade é bem diferente. O estilo de vida moderno, repleto de dietas desequilibradas e falta de atividade física, tornou-se um facilitador para o desenvolvimento da condição entre pessoas de qualquer idade. É essencial compreender que a Esteatose Hepática é diagnosticada quando a gordura ultrapassa 5% do total do fígado. Sem intervenções adequadas, este acúmulo pode progredir para condições mais severas, como inflamação, fibrose e até câncer.
Quais são os sintomas da gordura no fígado?
Durante suas fases iniciais, a Esteatose Hepática raramente apresenta sintomas óbvios. No entanto, à medida que progride, pode manifestar sinais mais associados a um mau funcionamento do fígado. Os sintomas incluem cansaço persistente, perda de apetite, inchaço abdominal e desconforto no lado direito da barriga. Em estágios avançados, pode-se observar icterícia, ascite e alterações na cor da urina e das fezes. Na ausência de tratamento adequado, uma parcela significativa dos afetados pode progredir para fibrose, inflamação e, em casos extremos, cirrose.

Como a Esteatose Hepática se torna perigosa?
No estágio conhecido como MASH (steatohepatitis metabólica), a inflamação persistente do fígado leva à formação de cicatrizes, comprometendo a funcionalidade hepática. Esse estágio avançado é frequentemente identificado tardiamente, limitando as opções para sua gestão eficaz. A continuidade de lesões hepáticas pode necessitar de intervenções drásticas, como um transplante de fígado. Sem uma prevenção eficaz e diagnóstico precoce, o risco de complicações graves aumenta significativamente.
Estratégias de prevenção e manejo
A prevenção da Esteatose Hepática envolve práticas de vida saudáveis que se tornaram cruciais. Manter um peso corporal saudável, adotar uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e fibras, e reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados são fundamentais. A atividade física regular é outro pilar na prevenção e manejo da condição. Atualmente, a principal abordagem terapêutica envolve mudanças no estilo de vida, pois ainda não há medicações específicas aprovadas para o tratamento da esteatose hepática.
O reconhecimento crescente das implicações severas dessa condição desafia sistemas de saúde a promoverem políticas públicas que incentivem estilos de vida mais saudáveis. Compreender a Esteatose Hepática e suas consequências potenciais é fundamental para mitigar seu impacto e garantir a saúde hepática em populações globais. O cuidado preventivo, baseado em hábitos saudáveis, surge como a ferramenta mais eficaz para enfrentar esse desafio de saúde pública em crescimento.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271









