O cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) é uma especiaria tradicionalmente utilizada tanto na culinária quanto na medicina popular, especialmente por seus compostos bioativos com ação terapêutica reconhecida. Sua importância se destaca entre as plantas medicinais devido ao seu perfil fitoquímico, incluindo eugenol, taninos e flavonoides.
As propriedades curativas do cravo-da-índia envolvem diferentes benefícios para o organismo, como alívio de processos inflamatórios, proteção antioxidante e efeitos antimicrobianos. Confira três pontos principais abordados neste artigo:
- Potencial anti-inflamatório comprovado por estudos
- Atividade antioxidante relevante para proteção celular
- Ação antimicrobiana contra diversos microrganismos
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Como o cravo-da-índia age como anti-inflamatório?
O efeito anti-inflamatório do cravo-da-índia está diretamente relacionado ao eugenol, seu principal composto ativo. Esse fitoquímico integra a classe dos fenóis e age no organismo inibindo mediadores inflamatórios, contribuindo para o alívio de dores e inchaços. Conforme relatado por Francisco José de Abreu Matos em sua obra sobre farmacognosia, esta atividade é respaldada por diferentes pesquisas laboratoriais.
“O eugenol, fitoquímico predominante, está entre os responsáveis pela atividade anti-inflamatória do cravo-da-índia, comprovada em modelos experimentais com redução significativa de citocinas pró-inflamatórias.” (MATOS, 2009).
O que são as propriedades antioxidantes do cravo-da-índia?
Diversos compostos antioxidantes estão presentes no cravo-da-índia, entre eles, flavonoides e ácidos fenólicos, que neutralizam radicais livres e ajudam a prevenir danos às células. A proteção antioxidante conferida por essas substâncias tem sido amplamente investigada, com resultados positivos relatados por pesquisadores no campo da farmacologia de plantas medicinais. Tais descobertas são detalhadas na análise fitoquímica feita por Ashok Kumar e colaboradores.
“Extratos de cravo-da-índia apresentaram alta atividade antioxidante em análises laboratoriais, atribuída especialmente à alta concentração de compostos fenólicos e flavonoides.” (KUMAR et al., 2014).

Como o cravo-da-índia combate microrganismos?
O cravo-da-índia é conhecido por sua ação eficiente em combater diferentes tipos de microrganismos, principalmente bactérias e fungos. O mecanismo envolve desestabilização da parede celular bacteriana, graças ao eugenol e outros óleos essenciais presentes. Estudos citados por S. Burt reforçam essa propriedade, indicando potencial uso como agente natural em formulações antimicrobianas.
“O óleo essencial de cravo-da-índia demonstrou significativa atividade antimicrobiana contra patógenos alimentares e clínicos, especialmente pela ação do eugenol.” (BURT, 2004).
Como utilizar o cravo-da-índia de forma segura?
A utilização do cravo-da-índia pode ocorrer através de infusões, decocções e aplicação direta do óleo essencial diluído em preparos caseiros para uso tópico. Recomenda-se moderação no consumo e a orientação de um profissional de saúde para evitar reações adversas, especialmente em gestantes e crianças. Conforme consta em relatórios da Organização Mundial da Saúde, a segurança depende do modo de uso e das concentrações empregadas.
“Preparações a base de cravo-da-índia devem ser usadas em doses recomendadas, com especial precaução quando administradas em populações sensíveis.” (WHO, 2004).
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O que podemos concluir sobre o cravo-da-índia segundo evidências?
- Estudos científicos indicam propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas do cravo-da-índia
- O eugenol e outros compostos bioativos desempenham papel essencial no benefício terapêutico da planta
- O uso seguro requer atenção à dosagem e recomendações especializadas, respaldadas por literatura científica
Referências bibliográficas
- S. Burt. Essential oils: their antibacterial properties and potential applications in foods—a review. International Journal of Food Microbiology, v. 94, n. 3, p. 223-253, 2004.
- Ashok Kumar et al. Clove (Syzygium aromaticum L.): A review on phytochemistry, antimicrobial activity and pharmacological properties. Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicine, v. 4, n. 2, p. 90-96, 2014.
- Francisco José de Abreu Matos. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 6. ed. Fortaleza: UFC, 2009.
- Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on selected medicinal plants, Vol. 2. Geneva: World Health Organization, 2004.









