Arrotar é um processo fisiológico inerente ao sistema digestivo humano, responsável por aliviar a pressão interna no estômago ao liberar o ar acumulado. Esse fenômeno, embora frequentemente considerado um gesto involuntário, possui causas variadas e é influenciado por hábitos alimentares, bebidas gaseificadas e estados emocionais. Compreender os mecanismos por trás do Arroto e saber identificar quando ele pode ser um indicativo de problemas de saúde é fundamental para manter o bem-estar digestivo.
De forma geral, a eructação ocorre quando o esfíncter esofágico inferior, um anel muscular, se abre para liberar o ar do estômago para o esôfago e, em seguida, para a boca. Essa ação é desencadeada por diferentes fatores, como a ingestão rápida de alimentos, o consumo de bebidas gaseificadas e a fermentação de certos alimentos no intestino. Apesar de ser um fenômeno natural, é essencial observar a frequência e os contextos em que os arrotos ocorrem, já que podem indicar condições subjacentes mais séria.
Quais são as principais causas do arroto?
Engolir ar durante as refeições é uma das causas mais comuns de arrotos. Isso pode acontecer ao falar enquanto se mastiga, comer rapidamente, usar canudos ou mascar chiclete. Também é comum que bebidas gaseificadas, como refrigerantes, aumentem a frequência de arrotos devido ao dióxido de carbono que comportam. Além disso, refeições muito volumosas ou feitas às pressas podem propiciar a entrada excessiva de ar no estômago, aumentando a necessidade de liberá-lo posteriormente através de arrotos.
Outro fator significativo é a ansiedade, que pode acelerar a respiração e levar à aerofagia. A fermentação intestinal, causada por alimentos como feijão, lentilha e brócolis, também contribui para esse processo. O tabagismo, por gerar mais entrada de ar durante as tragadas, e o uso de alguns medicamentos que relaxam o esfíncter esofágico inferior são outras causas a serem consideradas.
Quando o arroto pode ser um sinal de alerta?
Embora o arroto seja uma função fisiológica comum, existem casos em que ele pode sinalizar problemas de saúde que requerem investigação. Sintomas como arrotos frequentes ao longo do dia, sensação de queimação no peito, comida retornando ao esôfago após as refeições sem esforço, náuseas e mal-estar abdominal podem indicar condições como refluxo gastroesofágico, gastrite ou mesmo intolerâncias alimentares.

A presença de arrotos com odor forte ou desagradável pode sugerir fermentação excessiva, enquanto a perda de peso inexplicada e a dificuldade para engolir podem ser sintomas de condições mais graves que necessitam de avaliação médica. É importante que casos persistentes, especialmente aqueles que afetam a qualidade de vida, sejam abordados com um profissional de saúde para diagnósticos precisos e tratamentos adequados.
Que medidas ajudam a reduzir a incidência de arrotos?
Adotar algumas medidas no dia a dia pode ajudar a minimizar a ocorrência dos arrotos e melhorar o conforto digestivo. Mastigar corretamente e comer devagar são práticas simples que podem reduzir a ingestão de ar durante as refeições. Limitar o consumo de bebidas gaseificadas e chicletes também pode ser benéfico. Além disso, controlar estados de ansiedade por meio de técnicas de respiração pode reduzir a aerofagia e, consequentemente, os arrotos.
Evitar deitar logo após as refeições e reduzir alimentos que fermentam no intestino são outras estratégias para diminuir essa ocorrência. É prudente considerar o impacto de novos medicamentos e discutir com um médico se alterações recentes na medicação podem estar relacionadas ao sintoma. A busca por suporte profissional é essencial quando os arrotos são acompanhados por dor ou outros sintomas persistentes, garantindo assim um tratamento eficaz e uma melhor qualidade de vida.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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