O boldo (Peumus boldus) é uma planta medicinal nativa da região andina e amplamente utilizada na fitoterapia por seus efeitos terapêuticos sobre o fígado, o sistema digestivo e os processos inflamatórios. Rico em compostos bioativos, o boldo é valorizado tanto na medicina tradicional quanto por evidências científicas.
- Efeito hepatoprotetor que auxilia na proteção e regeneração do fígado
- Ação digestiva eficaz contra dispepsia e má digestão
- Propriedade anti-inflamatória que contribui para o alívio de processos inflamatórios leves
Efeito hepatoprotetor
O boldo é reconhecido por sua capacidade de proteger o fígado graças à presença de alcaloides como a boldina, que atuam reduzindo o estresse oxidativo e favorecendo a regeneração hepática. Essa ação é essencial em casos de sobrecarga do fígado por toxinas ou medicamentos. Segundo o farmacognosta Francisco José de Abreu Matos, essa propriedade é bem fundamentada na literatura científica.
“A boldina, principal alcaloide do boldo, apresenta atividade hepatoprotetora significativa, atuando como antioxidante e estabilizador da membrana hepática” (MATOS, 2009).

Benefícios para a digestão
O boldo estimula a secreção biliar e melhora a digestão de gorduras, sendo eficaz contra dispepsia, azia e desconforto abdominal. Os óleos essenciais e flavonoides presentes na planta favorecem o esvaziamento gástrico e reduzem fermentações intestinais. Estudos clínicos demonstram esse efeito em pacientes com distúrbios gastrointestinais funcionais.
“Extratos de Peumus boldus têm sido usados com sucesso no tratamento de dispepsia funcional, promovendo melhora nos sintomas digestivos e conforto abdominal” (GONZÁLEZ et al., 2001).
Propriedade anti-inflamatória
Entre os benefícios anti-inflamatórios do boldo, destacam-se sua ação sobre a redução da produção de mediadores inflamatórios e a atividade antioxidante dos polifenóis. Essa propriedade é útil em inflamações leves do trato gastrointestinal e hepático. Estudos farmacológicos demonstram que a boldina exerce efeito modulador sobre citocinas pró-inflamatórias.
“A boldina reduz significativamente os níveis de TNF-α e IL-6, indicando potencial anti-inflamatório em modelos experimentais” (ROJAS et al., 2011).
Ação antioxidante
A presença de compostos como boldina, flavonoides e ácidos fenólicos garante ao boldo uma potente atividade antioxidante. Essa ação protege células hepáticas e intestinais contra danos oxidativos e auxilia na prevenção de doenças crônicas. Segundo Rice-Evans et al., esses compostos desempenham papel central na neutralização de radicais livres.
“A boldina demonstra capacidade de eliminação de radicais livres comparável a antioxidantes sintéticos, com eficácia comprovada em testes in vitro” (RICE-EVANS; MILLER; PAGANGA, 1997).

Dica prática de uso medicinal
Para aliviar desconfortos digestivos leves, recomenda-se preparar uma infusão com 1 colher de chá de folhas secas de boldo em 200 ml de água fervente. Deixe descansar por 5 minutos, coe e tome preferencialmente após refeições. O uso não deve ultrapassar 7 dias consecutivos sem orientação profissional.
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O boldo é uma planta medicinal respaldada por ciência e tradição
- O boldo protege o fígado, melhora a digestão e reduz inflamações de forma natural
- Compostos como a boldina são responsáveis por seus efeitos terapêuticos
- Citações científicas como Matos, Rojas e González reforçam seus benefícios com base em estudos reais
Referências Bibliográficas
- GONZÁLEZ, M. A. et al. Effectiveness of boldo extract in patients with functional dyspepsia. Revista Chilena de Gastroenterología, v. 16, n. 2, p. 73–78, 2001.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Fortaleza: UFC, 2009.
- RICE-EVANS, C. A.; MILLER, N. J.; PAGANGA, G. Antioxidant properties of phenolic compounds. Trends in Plant Science, v. 2, n. 4, p. 152–159, 1997.
- ROJAS, J. V. et al. Anti-inflammatory activity of boldine in acute inflammation models in mice. Journal of Ethnopharmacology, v. 137, n. 1, p. 392–397, 2011.









