O consumo diário de amendoim tem chamado a atenção da comunidade científica, especialmente quando o assunto é saúde do cérebro e desempenho mental. Estudos recentes da Universidade de Maastricht indicam que incluir esse alimento na rotina pode estar associado a melhorias na memória, na função cognitiva e na circulação sanguínea cerebral, sobretudo em pessoas mais velhas, graças à combinação de gorduras boas, antioxidantes, vitaminas e minerais que atuam em diferentes frentes do organismo.
Por que o consumo diário de amendoim beneficia o cérebro
Entre as pesquisas mais comentadas está a que analisou o impacto do amendoim torrado na função vascular cerebral de idosos saudáveis. Ao longo de várias semanas de consumo controlado, os participantes apresentaram alterações consideradas benéficas no fluxo sanguíneo do cérebro e em marcadores de função endotelial, sugerindo uma melhor circulação cerebral.
Esse resultado reforça a ideia de que pequenas mudanças na alimentação, mantidas de forma consistente, podem influenciar o envelhecimento cerebral de maneira relevante, sem necessidade de intervenções complexas. Inserir o amendoim em um padrão alimentar equilibrado, como o modelo mediterrânico, pode potencializar esses efeitos positivos.
Para aprofundarmos no tema, trouxemos o vídeo do Dr. Dayan Siebra:
@drdayansiebra Amendoim todo dia? Pode sim! 🥜💪 Rico em proteínas, gorduras boas e nutrientes essenciais, o amendoim pode ser um superalimento para a sua saúde! Consumido com moderação, ele ajuda a melhorar a energia, controlar o apetite e até cuidar do coração. Inclua um punhado no seu dia a dia e veja os resultados na sua disposição e bem-estar!
♬ som original – Dayan Siebra
Por que o amendoim ganhou destaque para a saúde do cérebro
A palavra-chave que tem surgido em muitos trabalhos científicos é amendoim, principalmente quando se trata de função cerebral e saúde cognitiva. O interesse não se limita ao perfil de gorduras insaturadas; a leguminosa também contém compostos bioativos que podem atuar na proteção das células nervosas, como antioxidantes, vitaminas do complexo B e minerais.
O consumo regular de porções moderadas, como cerca de 60 gramas por dia, tem sido apontado como suficiente para promover alguns efeitos observáveis em estudos. Ao longo de aproximadamente quatro meses, essa quantidade diária foi associada a aumento do fluxo sanguíneo cerebral em pessoas idosas, o que pode estar ligado a menor risco de declínio cognitivo e melhor nutrição dos neurónios.
Quais são os principais benefícios do amendoim para o organismo
Além do foco na saúde do cérebro, o consumo diário de amendoim tem sido ligado a outros efeitos relevantes no organismo. Por ter combinação de gorduras, proteínas e hidratos de carbono, o alimento ajuda a compor refeições mais completas e com maior poder de saciedade, auxiliando no controlo da fome e na escolha de alimentos de melhor qualidade nutricional ao longo do dia.
Alguns trabalhos também apontam a presença de fitoquímicos, como resveratrol, fitoesteróis, ácido fítico e ácido fólico, que podem desempenhar papel de destaque na prevenção de determinadas doenças, incluindo problemas no cólon. Esses compostos atuam em mecanismos relacionados à proliferação celular, ao estresse oxidativo e à inflamação, fatores frequentemente envolvidos em patologias crónicas.
- Controle de peso: proteína e fibra prolongam a sensação de saciedade, favorecendo estratégias de emagrecimento.
- Saúde metabólica: consumo diário de pequenas porções de amendoim ou manteiga de amendoim tem sido associado a menor risco de diabetes tipo 2.
- Proteção cardiovascular: gorduras insaturadas e antioxidantes podem reduzir processos inflamatórios e proteger os vasos sanguíneos.
- Função intestinal: a fibra presente no alimento contribui para trânsito intestinal mais regular e microbiota equilibrada.
Como o amendoim pode proteger a saúde cognitiva
Quando o tema é saúde do cérebro, o amendoim aparece como potencial aliado principalmente pela combinação de niacina (vitamina B3), vitamina E, gorduras boas e compostos antioxidantes. A niacina está ligada à produção de energia nas células cerebrais, enquanto a vitamina E auxilia na proteção das estruturas celulares contra radicais livres que causam danos cumulativos aos neurónios.
Pesquisas sugerem que ingestão adequada e contínua dessas substâncias pode estar associada a menor risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, e a um declínio cognitivo mais lento. Embora o amendoim não seja um tratamento, ele pode integrar um padrão alimentar que favorece preservação da memória, da atenção e de outras capacidades mentais, sobretudo quando associado a atividade física e sono de qualidade.
- Incluir o amendoim em pequenas porções ao longo do dia, evitando exageros calóricos.
- Priorizar versões torradas e sem excesso de sal ou açúcar para preservar o perfil benéfico de gorduras.
- Combinar o alimento com frutas, iogurtes ou refeições principais para equilibrar os nutrientes.
- Observar possíveis alergias ou intolerâncias, que exigem orientação profissional individualizada.

Como inserir o amendoim na rotina de forma prática e segura
Para aproveitar os possíveis benefícios do amendoim no dia a dia, a forma de consumo faz diferença. Opções como amendoim torrado simples, pastas com poucos ingredientes ou a inclusão em saladas e preparações salgadas tornam o hábito mais fácil de manter, desde que haja moderação, pois se trata de alimento energeticamente denso.
Outro ponto relevante é a atenção à qualidade do produto. Guardar o amendoim em locais secos, observar a data de validade e evitar grãos com cheiro ou sabor alterados reduz o risco de ingestão de toxinas produzidas por fungos. Para quem apresenta histórico de alergia a frutos secos ou leguminosas, a introdução deve ser feita com cuidado e, se necessário, com acompanhamento profissional.
Dessa forma, o amendoim surge como um alimento versátil, capaz de contribuir para a saúde do cérebro, do coração e do metabolismo quando consumido com equilíbrio e integrado a uma alimentação variada. A combinação entre nutrientes estruturais e compostos bioativos ajuda a explicar o interesse crescente da ciência por esse grão, que continua a ser tema de novos estudos e investigações.









