Embora frequentemente associada a brincadeiras infantis, a pular corda é, na verdade, uma das atividades físicas mais eficazes para quem deseja queimar calorias e melhorar o condicionamento cardiovascular. Contudo, devido ao seu alto impacto, nem todos estão aptos a praticá-la sem orientação adequada. Aqui, vamos revelar a ciência por trás da prática, os cuidados essenciais e como ela pode transformar seu treino.
- Explora a eficiência calórica do exercício.
- Destaca os cuidados necessários para praticantes.
- Apresenta seus benefícios diversos.
Por que pular corda é considerado um exercício de alto gasto calórico?

A eficácia de pular corda reside em sua capacidade de recrutar uma vasta gama de grupos musculares simultaneamente — pernas, glúteos, core, ombros e braços — para executar um movimento rápido e contínuo. Essa demanda muscular generalizada exige um grande suprimento de oxigênio e energia, o que eleva a frequência cardíaca de forma muito rápida e intensa.
Estudos de fisiologia do exercício, como os referenciados pelo American Council on Exercise (ACE), mostram que pular corda pode queimar de 10 a 16 calorias por minuto, dependendo da intensidade. Isso significa que um treino de 15 minutos pode ter um gasto calórico superior ao de uma corrida leve no mesmo período. É a combinação de trabalho de corpo inteiro e ritmo acelerado que o torna tão potente.
Como o treino intervalado com corda pode potencializar a queima de calorias?
Para a maioria das pessoas, pular corda de forma contínua por 15 minutos é extremamente desafiador. Uma abordagem mais inteligente e, em muitos casos, mais eficaz, é utilizar o treino intervalado de alta intensidade (HIIT). Isso envolve alternar períodos curtos de esforço máximo com períodos de descanso.
Uma estrutura de 15 minutos poderia ser:
- Aquecimento (3 minutos): Corda em ritmo lento, polichinelos e rotações de articulações.
- Circuito Principal (10 minutos): Alternar 1 minuto de corda em ritmo acelerado com 30 segundos de descanso ativo (caminhando no lugar). Repita o ciclo.
- Desaquecimento (2 minutos): Corda em ritmo lento e alongamentos suaves.
Essa abordagem não só torna o treino mais gerenciável, mas também maximiza o efeito EPOC (consumo excessivo de oxigênio pós-exercício), mantendo o metabolismo mais elevado por horas após o término do treino.
Quais são os outros benefícios do ato de pular corda para a saúde?
Pular corda vai além da queima calórica, trazendo múltiplos benefícios à saúde:
- Saúde cardiovascular: Aumenta a resistência do coração e pulmões.
- Densidade óssea: Estimula a formação óssea, combatendo a osteoporose.
- Coordenação e agilidade: Melhoras significativas na sincronia motora e equilíbrio.
- Força muscular: Tonifica panturrilhas, coxas, glúteos e ombros.
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Quais os riscos associados e como a técnica correta pode minimizá-los?
O principal risco de pular corda é o alto impacto repetitivo sobre as articulações, especialmente tornozelos, joelhos e quadris. Uma técnica incorreta amplifica enormemente esse risco. A execução segura envolve:
- Superfície Adequada: Pule sobre superfícies que absorvam o impacto, como pisos de madeira, borracha ou um tapete de exercício. Evite concreto ou asfalto.
- Salto Baixo: O salto deve ser mínimo, apenas o suficiente para a corda passar sob os pés. Saltos altos são desnecessários e aumentam o impacto.
- Aterrissagem Suave: Aterrisse sempre na parte da frente dos pés (metatarso), nunca sobre os calcanhares, com os joelhos ligeiramente flexionados.
- Movimento dos Punhos: O giro da corda deve vir dos punhos e antebraços, e não de um movimento amplo dos ombros e braços.
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Pular corda é seguro para quem está acima do peso ou tem problemas articulares?
Em geral, o alto impacto de pular corda não é recomendado para pessoas com sobrepeso ou condições articulares pré-existentes, devido aos riscos acrescidos de dano. Alternativas de baixo impacto como natação ou ciclismo são mais seguras e proporcionam benefícios semelhantes.
Antes de praticar pular corda, é essencial uma avaliação médica. Profissionais como fisioterapeutas ou educadores físicos são essenciais para orientar e assegurar uma prática segura e eficiente.










