Os Engasgos em crianças são circunstâncias bastante frequentes e destacam-se como uma das principais causas de emergências pediátricas no país. De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a maioria dos incidentes ocorre em menores de quatro anos, com 94% das aspirações ocorrendo antes dos sete anos. Alimentos pequenos, arredondados ou de formato cilíndrico são os principais vilões, representando um risco considerável para as crianças.
A percepção de risco em torno desses alimentos se dá pela fisiologia infantil. O trato respiratório nas crianças é mais estreito, dificultando a passagem de ar. Além disso, a ausência de molares em crianças de dois a três anos ainda limita sua capacidade de mastigação. Os pequenos exploram o mundo frequentemente levando objetos à boca, o que demanda atenção e supervisão constantes por parte dos cuidadores.
Quais são os sinais de engasgo em crianças?
É crucial que os pais e tutores estejam atentos aos sinais de engasgo. Embora a tosse seja um indicativo inicial comum, existem casos em que o bloqueio é silencioso, sem emissão de sons. Nessas situações, a criança pode demonstrar dificuldade para respirar, falta de ar e lábios arroxeados. Nesses casos, é vital buscar ajuda imediatamente.
Como agir diante de um engasgo?
Saber agir em casos de emergência é essencial. A manobra de Heimlich, quando realizada adequadamente, pode salvar vidas. Esse procedimento deve ser feito por pessoas treinadas enquanto se aguarda atendimento médico. Além disso, é importante garantir um ambiente seguro para a criança, eliminando potenciais riscos de engasgo.
O que pode ser feito para prevenir Engasgos em crianças?
A prevenção é sempre o melhor caminho. Pais e cuidadores devem evitar oferecer alimentos com formatos e tamanhos perigosos ou potencialmente desafiadores para as crianças. Partir os alimentos em pequenos pedaços e supervisionar a criança durante a alimentação são atitudes eficazes na prevenção de Engasgos. Também é aconselhável ensinar as crianças a comer de forma calma e a mastigar bem os alimentos.
Engasgos não são apenas um desafio momentâneo; eles exigem prontidão e conhecimento dos cuidadores para garantir a segurança dos pequenos. Medidas simples de prevenção e resposta rápida podem fazer uma diferença significativa, trazendo mais tranquilidade para os pais e um ambiente seguro para as crianças crescerem e explorarem de forma saudável.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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