Durante períodos de baixa umidade, é comum que muitas pessoas relatem sintomas como ardência, coceira e uma sensação de areia nos olhos. Essas queixas estão frequentemente associadas à Síndrome do Olho Seco, uma condição que ocorre quando a produção de lágrimas é insuficiente ou a sua qualidade é comprometida. Isso resulta em uma lubrificação ocular inadequada, tornando a superfície dos olhos mais suscetível a irritações e infecções.
O ambiente seco, aliado ao uso intensivo de ventiladores e ar-condicionado, além da poluição e da exposição prolongada a telas digitais, cria um cenário desfavorável para a manutenção da saúde ocular. Na ausência de uma proteção lacrimal eficaz, surgem sintomas desconfortáveis que podem afetar a qualidade de vida. Portanto, é essencial adotar medidas preventivas e buscar auxílio profissional antes de utilizar qualquer produto para os olhos por conta própria.
O que causa a Síndrome do Olho Seco?
Na maioria dos casos, a Síndrome do Olho Seco é causada pelo aumento da evaporação da lágrima, um fenômeno exacerbado por fatores ambientais como o clima seco e o uso constante de telas eletrônicas. Quando as pessoas passam longos períodos focadas em dispositivos digitais, há uma redução significativa na frequência do piscar, o que compromete a distribuição adequada das lágrimas sobre a superfície ocular.

Curiosamente, o lacrimejamento excessivo também pode ser um indicativo de olho seco. Isso ocorre porque as lágrimas produzidas em resposta à secura são de natureza reflexa e não fornecem a lubrificação necessária para proteger os olhos. Assim, apesar de parecerem um sinal de hidratação, essas lágrimas não cumprem a sua função protetora eficientemente.
Quais os riscos do uso indiscriminado de colírios?
Muitos indivíduos recorrem a colírios como uma solução rápida para aliviar o desconforto ocular, sem buscar orientação médica. Esta prática pode ser prejudicial, pois o uso em excesso ou inadequado de colírios pode piorar os sintomas de olho seco. Além disso, sem uma análise adequada da composição das lágrimas, não é possível determinar qual tipo de colírio é mais adequado para cada caso específico.
Os colírios variam em suas formulações para atender diferentes deficiências no filme lacrimal, que consiste em camadas aquosa, lipídica e de mucina. Assim, é crucial que um oftalmologista indique o tratamento mais apropriado, evitando agravar o problema ou mascarar condições subjacentes mais graves.
Como cuidar da saúde ocular durante a seca?
A prevenção do olho seco passa por uma série de medidas simples que podem ser adotadas no dia a dia. Manter uma boa hidratação, bebendo a quantidade adequada de água para o peso corporal de cada um, é essencial. Além disso, a alimentação desempenha um papel importante; alimentos ricos em ácidos graxos e vitaminas A e E, como sementes de linhaça, peixes e amêndoas, ajudam na lubrificação ocular.
Qual é a melhor forma de proteger os olhos?
Para aqueles que passam muito tempo em frente ao computador, fazer pausas regulares e piscar intencionalmente pode ajudar a manter os olhos hidratados. Nos casos em que os sintomas persistem, é recomendado consultar um oftalmologista antes de iniciar qualquer tratamento por conta própria. Métodos alternativos, como compressas frias com soro fisiológico, podem oferecer alívio temporário dos sintomas.
Em suma, cuidar dos olhos durante a seca requer atenção a pequenos detalhes que fazem uma grande diferença. Tomar medidas preventivas e buscar orientação médica são as melhores formas de garantir a saúde ocular ao longo do ano, prevenindo complicações que podem impactar negativamente a visão. A prevenção é, sem dúvida, a melhor estratégia para lidar com a Síndrome do Olho Seco.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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