Os Engasgos em crianças são eventos frequentes e causam muitas preocupações entre pais e cuidadores. Esses episódios representam uma significante porcentagem das emergências pediátricas no Brasil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, a maioria dos casos ocorre em crianças menores de quatro anos. As razões por trás disso estão ligadas às características anatômicas e comportamentais dos pequenos, que estão em fase de crescimento e desenvolvimento.

Entre os fatores que contribuem para a alta incidência de Engasgos, está o fato de que crianças dessa faixa etária possuem um trato respiratório mais estreito. Essa peculiaridade anatômica dificulta a passagem de ar, tornando-as mais suscetíveis aos riscos de obstrução. Outro aspecto enfatizado por especialistas é a ausência de molares em crianças de dois a três anos, o que limita suas habilidades de mastigação efetiva.
Quais alimentos representam maior risco para as crianças?
Alimentos pequenos, arredondados ou em formato cilíndrico são os principais vilões nessa história. Frutas como uvas, sementes, castanhas e amendoins são frequentemente citados pelas autoridades médicas como itens de risco elevado. Isso se deve ao seu tamanho reduzido, que se ajusta facilmente à traqueia infantil, causando bloqueios severos nas vias respiratórias.
Além dos alimentos, objetos pequenos que crianças frequentemente colocam na boca para explorar o mundo ao seu redor, também representam um perigo. Supervisão contínua e cuidadosa é imprescindível para prevenir incidentes indesejados.
Como reconhecer e reagir a um engasgo?
No caso de um engasgo, a observação cuidadosa dos sinais é crucial. Enquanto a tosse pode ser um indicativo inicial, algumas obstruções das vias aéreas podem ocorrer silenciosamente. Nesses casos, a criança pode manifestar dificuldade para respirar, apresentar lábios arroxeados e mostrar sinais de sufocamento. Tais sintomas requerem ação imediata por parte dos adultos responsáveis.
Conhecer e aplicar a manobra de Heimlich, uma técnica de primeiro socorro eficaz para desobstrução das vias aéreas, é vital para qualquer cuidador. Simultaneamente, buscar atendimento médico de emergência pode ser um passo essencial para garantir a segurança e o bem-estar da criança.
Medidas preventivas: como proteger as crianças de Engasgos?
Prevenir Engasgos começa com a educação dos pais e cuidadores sobre os alimentos e objetos que apresentam riscos. Alguns passos preventivos podem incluir cortar alimentos em pedaços pequenos e adequados ao tamanho da boca das crianças, evitar oferecer alimentos potencialmente perigosos e assegurar que a criança esteja sentada e supervisionada enquanto se alimenta.
A prática de ensinar crianças a mastigar bem antes de engolir, bem como mantê-las longe de pequenos objetos, é uma parte fundamental do processo educativo. O treinamento regular dos cuidadores em técnicas de primeiros socorros pode fortalecer suas habilidades para responder rapidamente e eficazmente em situações de emergência.
Conscientizar-se sobre os riscos de engasgo e capacitar-se para enfrentá-los é uma responsabilidade coletiva entre aqueles que cuidam das crianças. Por meio de medidas preventivas e rápida resposta em situações críticas, muitas das emergências relacionadas a Engasgos podem ser evitadas, garantindo um ambiente mais seguro para os pequenos explorarem e crescerem saudavelmente.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271









