O Câncer de Pele é o tipo de tumor mais comum no Brasil, responsável por cerca de 30% de todos os diagnósticos oncológicos do país, segundo o Ministério da Saúde. A cada ano, estima-se que mais de 220 mil novos casos sejam registrados, especialmente durante o verão, quando a exposição solar aumenta significativamente. Neste contexto, a conscientização sobre a detecção precoce, os riscos associados e as estratégias de prevenção é crucial para mitigar os efeitos danosos da radiação ultravioleta.
O Câncer de Pele é geralmente classificado em duas categorias principais: melanoma e não melanoma. O subtipo não melanoma, que inclui o carcinoma basocelular e o espinocelular, é o mais prevalente entre a população brasileira. Além de ser mais comum entre pessoas de pele clara e idosos, aqueles com histórico prolongado de exposição ao sol também estão em risco. A boa notícia é que, quando detectado precocemente, as chances de cura superam 90%.
Quais são os sinais de alerta do Câncer de Pele?
Os melanomas, apesar de menos comuns, são mais agressivos e apresentam maior risco de metástases. A identificação precoce de novas lesões ou de mudanças em lesões existentes é fundamental para um diagnóstico correto. O reconhecimento dos sinais de alerta pode incluir manchas que não cicatrizam, coçam insistentemente ou sangram sem motivo aparente. Diversos melanomas manifestam-se em áreas inesperadas, como o couro cabeludo, unhas, palmas das mãos e solas dos pés.
A confirmação do tipo de tumor é realizada através de uma biópsia, que é analisada detalhadamente em um laboratório de patologia. Uma investigação precisa permite iniciar o tratamento o mais rapidamente possível, aumentando as chances de sucesso. Além disso, exames regulares com um dermatologista são essenciais para manter a saúde da pele, especialmente em casos de predisposição genética ou alta exposição solar.
Como prevenir o Câncer de Pele?
Medidas de proteção cotidianas são extremamente eficazes na prevenção do Câncer de Pele. O uso diário de protetor solar, combinado com o uso de chapéus, roupas com proteção UV e óculos de sol, constitui uma barreira significativa contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta. Contrariando algumas preocupações, o protetor solar não impede a produção de vitamina D, pois a pele ainda recebe radiação suficiente para sustentar níveis adequados do nutriente.
A restrição da exposição solar entre 10h e 16h é aconselhável, pois durante esse período o índice de UV é mais elevado, aumentando o risco de queimaduras e danos celulares. Evitar o bronzeamento artificial também é crucial, pois o uso de câmaras de bronzeamento são responsáveis por intensificar o dano celular, elevando sobremaneira o risco de desenvolvimento de tumores cutâneos.

Quais são as opções de tratamento disponíveis?
O tratamento do Câncer de Pele varia conforme o tipo e estágio do tumor. Para muitos casos de não melanoma, a cirurgia é o tratamento de escolha, especialmente quando a detecção ocorre em estágios iniciais. Procedimentos especializados, como a cirurgia de Mohs, são aplicados em áreas do corpo mais visíveis, como rosto e orelhas, permitindo a remoção precisa do tecido canceroso ao mesmo tempo que preserva a pele saudável.
No caso dos melanomas, terapias modernas têm evoluído significativamente. As terapias alvo e a imunoterapia são exemplos de inovações que melhoram o prognóstico, atuando em mutações genéticas específicas das células cancerosas e fortalecendo o sistema imunológico para combater o câncer. Essas abordagens, aliadas à detecção precoce, oferecem aos pacientes tratamentos menos agressivos e um aumento significativo na qualidade de vida.
Qual a importância da conscientização e do diagnóstico precoce?
Conscientizar-se sobre o Câncer de Pele e realizar exames dermatológicos regulares são componentes essenciais para uma saúde cutânea robusta. Combinados com práticas diárias de proteção solar, esses hábitos não apenas reduzem o risco de desenvolver câncer de pele, mas também garantem que qualquer alteração suspeita seja investigada em tempo hábil. Este compromisso com a saúde pode efetivamente aumentar as taxas de detecção precoce e, assim, possibilitar intervenções mais eficazes para garantir resultados clínicos positivos.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271









