A sensação de sede é um sinal óbvio, mas é possível estar desidratado mesmo bebendo água regularmente. Isso ocorre quando o corpo perde fluidos e eletrólitos mais rápido do que consegue repor, ou quando a água não é absorvida eficientemente, levando a sinais sutis de fadiga e confusão mental.
A boca seca é o sinal mais confiável?
Não. A boca seca (xerostomia) é um sinal tardio, indicando que a desidratação já está instalada. Os primeiros sinais de que o corpo precisa de mais fluidos são, na verdade, a fadiga, a letargia e a irritabilidade.
Quando a boca fica seca, o corpo já está “pedindo” água de forma emergencial. Confiar apenas nesse sintoma ignora os estágios iniciais de desequilíbrio hídrico que afetam a energia.
O que a cor da urina indica sobre a hidratação?
A cor da urina é um dos indicadores mais fiéis do estado de hidratação real. Rins saudáveis precisam de água para diluir os resíduos; pouca água resulta em urina muito concentrada.
O ideal é uma cor amarelo-palha claro. Urina consistentemente amarelo-escura ou âmbar, mesmo bebendo água, sugere que o volume ingerido não está sendo suficiente para a demanda do corpo (como explica a Harvard Health).
No vídeo a seguir, o especialista Drauzio Varella fala sobre o que significa cada cor de urina:
@portaldrauziovarella Tá na hora de começar a olhar para a cor do seu xixi. #urina #TenaBrasil #incontinênciaurinária ♬ som original – Portal Drauzio
Por que a água pura pode não ser suficiente?
A hidratação celular não depende apenas de H2O; ela depende do equilíbrio de eletrólitos (sódio, potássio, magnésio). Se você transpira muito (exercício, calor), você perde esses minerais vitais junto com a água.
Beber apenas água pura em excesso pode diluir os eletrólitos restantes, dificultando a retenção de líquido nas células, um risco de hiponatremia (NIH). A água “passa direto” e a sensação de sede persiste.
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Quais são os sinais mentais e físicos de má absorção?
O cérebro (75% água) é o primeiro a sentir a falta de hidratação eficiente. A “névoa mental” (brain fog), dificuldade de concentração, tontura ao levantar-se (hipotensão ortostática) e dores de cabeça são sinais clássicos.
Câimbras musculares, fadiga inexplicável e pele que não volta ao normal rapidamente após ser beliscada (turgor) também indicam que a água não está chegando aos tecidos de forma eficaz.
Quais hábitos “anulam” a água que você bebe?
Certos hábitos diários aumentam a excreção de fluidos, fazendo com que a água ingerida seja insuficiente. É crucial estar atento a esses “ladrões” de hidratação que exigem uma reposição de água e eletrólitos ainda maior.
Para evitar a desidratação, mesmo bebendo água, observe se você está consumindo em excesso itens que forçam a eliminação de líquidos:
- Consumo de diuréticos: O excesso de cafeína (café, chás) ou álcool força os rins a eliminar mais água.
- Dietas ricas em sódio: O sal (processados) exige mais água do corpo para ser diluído e excretado.
- Exercício intenso: A perda pelo suor (água e sal) é mais rápida que a reposição apenas com água.
- Ambientes secos: Ar-condicionado ou aquecedores “roubam” a umidade do corpo pela respiração.

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Por que a água às vezes “passa direto” por você?
Se você bebe água o dia todo e, mesmo assim, sua urina continua escura e você se sente cansado, o problema pode não ser a quantidade de água, mas a absorção.
A hidratação celular não depende só de H2O; ela exige um equilíbrio de eletrólitos (como sódio, potássio e magnésio) para que a água possa ser “puxada” para dentro das células. Se esse equilíbrio estiver errado, a água pode literalmente “passar direto”.
Quando a água pura não é suficiente
Você perde eletrólitos (e não apenas água) em duas situações principais. Nesses casos, beber água pura em excesso pode até piorar o desequilíbrio:
- Suor excessivo: Em dias muito quentes ou após exercício intenso, você não perde só água, você perde muito sal mineral.
- Consumo de diuréticos: O excesso de cafeína (café) ou o consumo de álcool forçam os rins a eliminar água e eletrólitos preciosos.
Nesses cenários, seu corpo precisa de minerais junto com a água para conseguir “segurar” o líquido. É por isso que a fadiga e a “névoa mental” continuam, mesmo com a garrafa de água ao lado.









