Entre tantos nutrientes que aparecem nas embalagens de alimentos e nas redes sociais, a proteína continua sendo uma das mais comentadas. Em meio a dietas da moda, suplementos e promessas rápidas, muitas pessoas ainda têm dúvidas simples: quanto é necessário por dia, como atingir esse valor apenas com comida e se realmente é preciso investir em pó, barrinhas e shakes.
Por que a proteína é tão importante para o corpo
A proteína é formada por aminoácidos, que participam da construção e manutenção de tecidos, como músculos, pele, órgãos e cabelos. Ela também atua na produção de enzimas e hormônios, na recuperação após exercícios, no suporte ao sistema imunológico e até na cicatrização de feridas.
Em planos de controle de peso, a proteína costuma ter papel relevante por contribuir para maior sensação de saciedade ao longo do dia. Quando a ingestão fica muito abaixo do necessário por períodos prolongados, podem surgir sinais como queda de cabelo, perda de massa muscular, cansaço frequente e maior suscetibilidade a infecções.

O que 100 gramas de proteína representam na prática
A expressão 100 gramas de proteína costuma causar confusão porque muitos imaginam que se trata de 100 gramas de alimento no prato. Na realidade, fala-se em 100 gramas do nutriente proteína, somadas ao longo do dia, obtidas por meio de diferentes fontes proteicas distribuídas nas refeições.
Uma porção de carne pode pesar 100 gramas e ter cerca de 20 a 25 gramas de proteína, dependendo do corte e do preparo. Somando alimentos de origem animal e vegetal, é possível chegar a 100 gramas diárias sem suplementos, desde que haja planejamento das porções ao longo do dia.
| Refeição | Alimentos | Proteína aproximada |
|---|---|---|
| Café da manhã | 2 ovos mexidos + 1 pote de iogurte tipo grego | ≈ 27 g (cerca de 12 g dos ovos + 15 g do iogurte) |
| Lanche | 1 porção de queijo branco + um punhado de castanhas | ≈ 11–13 g (7–8 g do queijo + 4–5 g das castanhas) |
| Almoço | 120 g de peito de frango grelhado + arroz, feijão e vegetais | ≈ 30 g apenas do frango (o arroz e o feijão ainda acrescentam alguns gramas) |
| Lanche da tarde | 1 copo de bebida láctea proteica ou iogurte | ≈ 10–15 g |
| Jantar | 100 g de peixe ou carne magra com legumes e uma fonte de carboidrato | ≈ 20–25 g do peixe ou carne (legumes e grãos podem somar mais alguns gramas) |
Como alcançar 100 gramas de proteína em diferentes tipos de dieta
Alcançar cerca de 100 gramas de proteína diárias é possível em diferentes estilos alimentares, desde que haja organização das refeições. Em padrões com consumo de carne, ovos e laticínios, a tarefa costuma ser mais simples, mas dietas vegetarianas e veganas também podem atingir esse valor com boas combinações.
Em cada tipo de dieta, algumas fontes proteicas se destacam e podem ser usadas em diferentes refeições do dia. Abaixo estão exemplos que ajudam a planejar o cardápio, sempre com atenção à variedade e à qualidade dos alimentos escolhidos:
- Para onívoros: carnes magras, frango, peixe, ovos, queijos, leite, iogurte tipo grego e leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico).
- Para quem prioriza carne: cortes magros de boi, frango, peru, peixe, ovos e frutos do mar.
- Para vegetarianos: ovos, lácteos, feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja, tofu, tempeh e proteínas vegetais texturizadas.
- Para veganos: combinações de grãos e leguminosas (como arroz + feijão), tofu, tempeh, bebidas vegetais enriquecidas, sementes e oleaginosas.
Quais sinais podem indicar baixa ingestão de proteína
A deficiência de proteína geralmente aparece associada a uma alimentação globalmente insuficiente em calorias e nutrientes. Entre os sinais relatados com maior frequência em quadros de baixa ingestão estão mudanças em cabelo, pele e unhas, além de sensação de fraqueza nas atividades diárias.
Outros sinais comuns incluem perda de massa muscular, queda de imunidade, infecções mais frequentes e dificuldade para manter a composição corporal. Como esses sintomas não são exclusivos de falta de proteína, é fundamental buscar avaliação profissional quando eles aparecem.
Para aprofundarmos no tema, trouxemos o vídeo do nutricionista Sunayk:
@sunayk_nutricionista Você chega em casa depois do trabalho extremamente cansado, quase se arrastando? A dor nos músculos é constante e não vai embora? Você perde cabelo na mesma velocidade com a qual ganha rugas? Se algum desses sinais lhe soa familiar, você vai se surpreender ao saber que pode estar relacionado à ingestão de proteína, ou seja, você deve estar ingerindo pouca proteína. Sintomas comuns de baixa ingestão de proteínas são: 1 – Fadiga 2 – Perda de cabelo, pele mais fina 3 – Imunidade muito baixa 4 – Perda de massa muscular 5 – Problemas de digestão Procure sempre a ajudar de um profissional para te auxiliar na sua mudança alimentar, assim você não corre o perigo de desenvolver alguma compulsão alimentar fazendo uma restrição severa. #nutricao #nutricionista #alimentacaosaudavel #hipertrofia #saude #emagrecimento #musculação #proteina ♬ som original – Sunayk Nutricionista
Como organizar o consumo de proteína no dia a dia
Na prática, costuma ser mais eficiente distribuir a proteína ao longo do dia do que concentrar grandes quantidades em apenas uma refeição. Dividir em café da manhã, almoço, jantar e lanches intermediários contribui para maior saciedade e melhor aproveitamento pelo organismo.
Uma estratégia simples é montar pratos com três componentes principais: uma fonte proteica (carnes magras, ovos, laticínios, leguminosas, tofu ou tempeh), carboidratos de boa qualidade (como arroz integral, batata ou pão integral) e verduras, legumes e frutas. Assim, metas como 60, 80 ou 100 gramas de proteína por dia tornam-se mais acessíveis e sustentáveis.







