O Transtorno do Jogo, também chamado de ludopatia, é uma condição de saúde mental marcada pela dificuldade de controlar a compulsão por apostas, resultando em sérios impactos emocionais e financeiros. Essa compulsão pode levar a consequências devastadoras, como dificuldades financeiras, perda de interesse em atividades cotidianas e rompimentos nos relacionamentos pessoais e familiares. Indivíduos que apresentam esse distúrbio frequentemente experimentam isolamento social e uma redução nas suas perspectivas de vida, afetando não apenas o jogador, mas também seu ambiente profissional e social.
No Brasil, o aumento dos mercados de apostas, especialmente com a popularização de cassinos online, gerou um crescimento significativo nos casos de Transtorno do Jogo. Segundo o Ministério da Saúde, até 1,5% da população pode estar sofrendo com algum tipo de problema relacionado aos jogos de azar. O problema principal não está na busca por riqueza rápida, mas no volume de apostas que os indivíduos não podem arcar, levando à perda de controle financeiro e ao comprometimento das suas funções diárias.
Quais são os sinais do Transtorno do Jogo?
Identificar os sinais do Transtorno do Jogo é crucial para buscar tratamento adequado. Entre os sintomas mais comuns estão a incapacidade de cessar ou reduzir o comportamento de apostas, o consumo constante de pensamentos relacionados ao jogo, o impulso de mentir para ocultar o tempo e o dinheiro gastos em apostas, e problemas severos nas relações pessoais e profissionais. A percepção de perdas frequente, mesmo diante de eventuais ganhos, solidifica o ciclo de compulsão e frustração.

Como é realizado o tratamento para ludopatia?
Não há uma fórmula única para tratar a ludopatia, mas diversas abordagens têm mostrado eficácia. As plataformas de apostas regulamentadas frequentemente oferecem ferramentas de autocontrole, permitindo que indivíduos estabeleçam limites de tempo e montantes financeiros para suas apostas. Além disso, a psicoeducação ajuda a esclarecer os riscos emocionais e financeiros envolvidos no ato de jogar, promovendo uma conscientização que é crucial para evitar recaídas.
- Autocontrole: Utilização de ferramentas de controle em plataformas regulamentadas para estabelecer limites pessoais.
- Psicoeducação: Programas de conscientização sobre os riscos e processos emocionais envolvidos nas apostas.
- Grupos de Apoio: Participação em iniciativas que promovem suporte emocional e compartilhamento de experiências.
- Diversificação de Interesses: Incentivo para explorar outras formas de lazer e atividades que gerem novas experiências.
- Psicoterapia: Intervenção profissional para identificação e modificação de comportamentos compulsivos.
Quando buscar ajuda profissional?
O reconhecimento do transtorno como uma doença e não como uma falha de caráter é um passo fundamental para buscar ajuda. Especialistas recomendam que, ao perceber os sinais mencionados anteriormente, os indivíduos e suas famílias procurem apoio profissional. A abordagem terapêutica pode incluir tanto psicoterapia quanto, em alguns casos, o uso de medicamentos antidepressivos ou estabilizadores de humor. O objetivo é proporcionar um ambiente seguro para que o indivíduo identifique os gatilhos das suas compulsões e desenvolva estratégias saudáveis de enfrentamento.
Tratar o Transtorno do Jogo com empatia e respeito é essencial em uma sociedade que está aprendendo a lidar com as compulsões sem preconceito. É importante acolher indivíduos em busca de ajuda como um ato de coragem e progresso, transformando assim as adversidades em oportunidades de superação pessoal.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271









