A alface romana (Lactuca sativa var. longifolia) é conhecida por suas folhas alongadas e textura crocante, sendo amplamente consumida em saladas e preparações culinárias. Além do valor nutritivo, a planta destaca-se por apresentar importantes propriedades terapêuticas, reconhecidas tanto na sabedoria popular quanto em estudos científicos recentes.
Dentre os principais benefícios medicinais pesquisados, destacam-se:
- Propriedade calmante e potencial ansiolítico
- Efeito anti-inflamatório devido aos compostos fenólicos
- Ação antioxidante relevante para a saúde celular
Estes atributos tornam a alface romana uma opção interessante na alimentação cotidiana e em práticas integrativas de cuidado à saúde. As pesquisas científicas fundamentam o uso tradicional da planta, apontando para uma sinergia entre seus compostos bioativos e o bem-estar geral do organismo.
Como a alface romana atua como calmante natural?
A alface romana é tradicionalmente utilizada como alimento calmante, graças à presença de lactucina, lactupicrina e flavonoides em suas folhas. Esses princípios ativos atuam sobre o sistema nervoso central, auxiliando na redução da ansiedade e promovendo uma leve sedação. Pesquisadores têm analisado o papel desses compostos em estados de estresse, com observações positivas ligadas ao consumo regular da planta. Para embasar este efeito, recorre-se à obra de Al-Quraishy et al. sobre fitoterapia.
“A extração e administração dos compostos encontrados na alface proporcionam ação calmante comprovada, representando uma alternativa natural para quadros leves de ansiedade.” (AL-QURAISHY et al., 2019).
Por que os compostos fenólicos são anti-inflamatórios?
Outra propriedade medicinal fundamental da alface romana decorre da abundância de fenólicos e ácidos cafeico e clorogênico. Essas substâncias demonstram capacidade de modular respostas inflamatórias no organismo, auxiliando em processos fisiológicos de recuperação e promovendo benefícios à integridade dos tecidos. Diversos estudos apontam para a relevância da inclusão da planta na rotina alimentar, justificando a prática a partir de fontes científicas como o compêndio de medicinal plants de Chevallier.
“O consumo de alface, rico em componentes fenólicos, contribui para reduzir marcadores inflamatórios em níveis celulares, conforme estudos laboratoriais recentes.” (CHEVALLIER, 2020).

Qual o papel da alface romana como antioxidante?
Os radicais livres exercem influência negativa sobre a saúde das células, favorecendo envelhecimento e distúrbios metabólicos. A alface romana se destaca por sua expressiva quantidade de polifenóis, carotenoides e vitamina C, agentes antioxidantes naturais que neutralizam esses radicais. Resultados de pesquisas laboratoriais confirmam que a ingestão regular da hortaliça auxilia na manutenção do equilíbrio redox do corpo humano. Para detalhar este aspecto, cita-se o trabalho de Santos et al. publicado em periódico científico pela Unicamp.
“As folhas de alface possuem alta atividade antioxidante, associada principalmente à presença de polifenóis, e contribuem para a diminuição do estresse oxidativo.” (SANTOS et al., 2022).
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Como a alface romana pode favorecer a digestão?
O consumo de alface romana favorece o funcionamento do trato gastrointestinal graças ao teor significativo de fibras dietéticas, essenciais para a formação do bolo fecal e regularização do trânsito intestinal. A presença de mucilagens também colabora para a proteção da mucosa estomacal, reduzindo desconfortos e colaborando para a digestão. Segundo o Manual Prático de Fitoterapia de Boscolo, o uso da planta é indicado em dietas leves e para pessoas que buscam o equilíbrio digestivo sem recorrer a medicamentos sintéticos.
“A associação entre fibras, mucilagens e compostos ativos em hortaliças como a alface tem potencial para melhorar significativamente a digestão em humanos.” (BOSCOLO, 2018).
Resumo dos principais aprendizados sobre a alface romana
- A alface romana apresenta propriedades calmantes, anti-inflamatórias e antioxidantes comprovadas por estudos científicos recentes.
- Seus compostos bioativos, como lactucina, fenólicos e carotenoides, exercem papel ativo na promoção da saúde mental e celular.
- Evidências acadêmicas fundamentam o uso tradicional da planta como alimento funcional, recomendando seu consumo regular como apoio ao bem-estar.
Referências bibliográficas
- AL-QURAISHY, Saleh et al. Medicinal Plants and Phytotherapy: Recent Advances and Applications. Cham: Springer, 2019.
- BOSCOLO, Angelo. Manual Prático de Fitoterapia. 2. ed. São Paulo: Manole, 2018.
- CHEVALLIER, Andrew. Enciclopédia das Plantas Medicinais. 4. ed. São Paulo: Publifolha, 2020.
- SANTOS, Felipe R. dos et al. Composição fenólica e atividade antioxidante de variedades comerciais de alface. Revista de Agricultura, v. 97, n. 2, p. 119-130, 2022. (Unicamp)









