A hortelã (Mentha spicata) é uma erva aromática amplamente utilizada em chás, pratos culinários e produtos de higiene. Além de seu aroma refrescante, a hortelã é rica em compostos bioativos que oferecem propriedades medicinais, como ações digestivas, anti-inflamatórias e analgésicas, que contribuem para o bem-estar do organismo.
- Benefícios para a Saúde Digestiva
- Ação Analgésica e Anti-inflamatória
- Propriedades Antioxidantes e Antimicrobianas
Benefícios para a saúde digestiva
A hortelã é conhecida por ser um remédio natural para problemas digestivos. O mentol e outros óleos essenciais presentes na planta atuam relaxando os músculos do trato gastrointestinal, o que alivia gases, inchaço e cólicas. O chá de hortelã também estimula a produção de bile, facilitando a digestão. De acordo com um estudo de revisão sobre as propriedades medicinais da hortelã,
“A hortelã (Mentha spicata) possui carminativos, que reduzem a formação de gases intestinais, e antiespasmódicos, que aliviam cólicas e espasmos. Seu uso em preparações fitoterápicas para o tratamento de síndromes do intestino irritável e dispepsia funcional é suportado por evidências científicas” (SADIGHARA; ALMASI; GHAEMMAGHAMI, 2012).
Ação analgésica e anti-inflamatória
O óleo essencial da hortelã, rico em mentol, tem um efeito analgésico e refrescante. Quando aplicado topicamente, ele ajuda a aliviar dores musculares e dores de cabeça tensionais. O efeito anti-inflamatório da planta também contribui para o alívio de dores, ao modular a resposta inflamatória do corpo. Uma pesquisa sobre o potencial da hortelã destacou que:
“O mentol, principal componente do óleo de hortelã, tem demonstrado atividade analgésica em modelos de dor, agindo em receptores sensoriais e proporcionando uma sensação de resfriamento. Além disso, a planta possui compostos fenólicos que inibem a produção de mediadores inflamatórios, o que contribui para seu efeito anti-inflamatório” (HOSSEINI et al., 2014).

Propriedades antioxidantes e antimicrobianas
A hortelã é uma fonte de antioxidantes, como a vitamina C, flavonoides e ácido rosmarínico, que combatem os radicais livres e protegem as células do corpo. Esses fitoquímicos reforçam o sistema imunológico e previnem danos oxidativos. A planta também possui propriedades antimicrobianas, que a tornam eficaz contra bactérias e fungos. Segundo uma revisão de artigos sobre a hortelã e seus benefícios,
“Os extratos de hortelã demonstram um amplo espectro de atividade antimicrobiana contra patógenos alimentares e agentes causadores de infecções. O óleo essencial, em particular, possui compostos voláteis que atuam na membrana celular dos microrganismos, inibindo seu crescimento e proliferação” (SIVROPOLOU et al., 1996).
Para aproveitar os benefícios da hortelã, prepare chás com as folhas frescas, adicione-a a sucos e saladas ou utilize-a na inalação de vapor para aliviar a congestão nasal. Sempre consulte um profissional de saúde para orientações sobre o uso terapêutico de plantas medicinais.
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Uma erva refrescante com grande poder de cura
- A hortelã é uma poderosa aliada da saúde digestiva, auxiliando no alívio de cólicas, gases e inchaço, graças aos seus óleos essenciais, como o mentol.
- Seus compostos bioativos oferecem propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, sendo úteis para o alívio de dores de cabeça e musculares, como demonstrado em pesquisas científicas.
- O consumo da hortelã reforça o sistema imunológico e protege o corpo, devido à sua riqueza em antioxidantes e propriedades antimicrobianas.
Referências bibliográficas
- SADIGHARA, L.; ALMASI, M.; GHAEMMAGHAMI, L. A review on the medicinal properties of peppermint (Mentha piperita). Journal of Medicinal Plants Research, v. 6, n. 34, p. 4880-4886, 2012.
- HOSSEINI, S. et al. Anti-inflammatory and analgesic effects of peppermint (Mentha piperita) essential oil. Iranian Journal of Pharmaceutical Research, v. 13, n. 4, p. 1163-1170, 2014.
- SIVROPOLOU, A. et al. Antimicrobial and cytotoxic activities of oregano, cinnamon and clove essential oils. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 44, n. 3, p. 1202-1205, 1996.
- MATOS, F. J. A. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 5. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2009.










