A busca por uma solução natural que melhore a memória e a concentração de forma rápida é uma constante na vida moderna. É crucial e inegociável afirmar desde o início: dificuldades de memória e concentração podem ser sintomas de condições médicas sérias, desde deficiências nutricionais até problemas neurológicos, e exigem um diagnóstico profissional. Nenhuma erva ou suplemento pode ou deve substituir o cuidado e a orientação de um médico.
Dito isso, uma das plantas mais estudadas e conhecidas por seu potencial na saúde cerebral é o ginkgo biloba. Este artigo irá explorar, de forma segura e baseada em evidências, o que a ciência diz sobre esta erva, seus mecanismos de ação e, mais importante, os cuidados indispensáveis para seu uso.
Como o ginkgo biloba poderia atuar no cérebro?
O interesse no ginkgo biloba se deve aos seus compostos ativos, principalmente os flavonoides (com ação antioxidante) e os terpenoides (que ajudam a melhorar a circulação). Acredita-se que seus potenciais benefícios para a cognição venham de duas vias principais:
- Melhora do Fluxo Sanguíneo Cerebral: O mecanismo mais bem estabelecido do ginkgo é sua capacidade de promover a vasodilatação, ou seja, o relaxamento dos vasos sanguíneos. Isso pode aumentar o fluxo de sangue para o cérebro, melhorando a entrega de oxigênio e glicose para os neurônios, o que é fundamental para a performance cognitiva.
- Ação Antioxidante: O cérebro é um órgão com alta atividade metabólica e, portanto, muito vulnerável ao estresse oxidativo. Os flavonoides do ginkgo ajudam a neutralizar os radicais livres, protegendo as células cerebrais contra danos.

O que as evidências científicas realmente dizem sobre sua eficácia?
É aqui que a cautela e o realismo são fundamentais. Embora o ginkgo biloba seja um dos suplementos mais vendidos para a memória, as evidências científicas sobre sua eficácia são mistas e, em grande parte, inconclusivas.
Conforme aponta o National Center for Complementary and Integrative Health (NCCIH), uma das principais autoridades no assunto, grandes estudos de alta qualidade não encontraram evidências convincentes de que o ginkgo biloba seja eficaz na prevenção do declínio cognitivo, da demência ou da Doença de Alzheimer em idosos. Para adultos jovens e saudáveis, as evidências de que ele possa “turbinar” a memória de forma rápida também são fracas. Os benefícios, quando observados em alguns estudos menores, são geralmente modestos.
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Quais são os potenciais benefícios do ginkgo biloba?
Com base nas pesquisas, os benefícios do ginkgo são considerados de suporte e não curativos.
Potencial melhora do fluxo sanguíneo cerebral
Pode auxiliar na circulação, o que é benéfico para a saúde cerebral geral.
Ação antioxidante e neuroprotetora
Ajuda a proteger os neurônios contra o dano oxidativo.
Suporte modesto à memória (em populações específicas)
Alguns estudos sugerem um pequeno benefício em idosos com insuficiência cognitiva leve.
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Por que a escolha deve ser consciente e orientada
É fundamental consultar um especialista antes de iniciar o uso constante da erva, pois a orientação profissional assegura que não ocorram interações com outros medicamentos ou condições já existentes de saúde.
Optar por produtos de procedência comprovada e seguir recomendações de dosagem são medidas essenciais para garantir eficácia e segurança, além de potencializar os benefícios à saúde do cérebro.










