A Tripofobia é uma condição peculiar, caracterizada por uma reação intensa de desconforto ou medo diante de padrões irregulares de buracos ou saliências. Apesar de não ser oficialmente reconhecida como uma fobia no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, os sintomas desencadeados são reais e afetam a qualidade de vida daqueles que os vivenciam. Imagens de favos de mel, esponjas e sementes de lótus são capazes de provocar reações como coceira, inchaço, e até mesmo crises de pânico em casos mais severos.
Embora a origem exata da Tripofobia ainda seja desconhecida, estudos sugerem que a reação possa estar relacionada a uma aversão evolutiva a padrões associados a situações perigosas. Padrões encontrados na natureza, como a pele de animais venenosos, podem instigar uma resposta de alerta no cérebro humano devido a uma percepção inconsciente de ameaça. Essa resposta é frequentemente automática, ocorrendo sem que a pessoa possa exercer controle consciente sobre ela.
Quais os sintomas da Tripofobia?
Os sintomas comuns da Tripofobia incluem sensações físicas e emocionais de desconforto. Entre eles estão náuseas, tremores, suores e até mesmo choro. Em situações extremas, pode levar a um ataque de pânico, acompanhado de aumento do ritmo cardíaco e sensação de formigamento pelo corpo. Tais sintomas podem ocorrer imediatamente após a exposição a um estímulo desencadeante, tornando o controle dessas reações bastante desafiador.

Quais são as causas da Tripofobia?
Ainda que a causa precisa da Tripofobia permaneça indefinida, especialistas acreditam que pode ser uma resposta evolutiva a perigos associados a buracos e padrões encontrados na natureza. Esses padrões frequentemente lembram superfícies de animais venenosos ou locais onde parasitas podem se ocultar. Assim, a repulsa ou medo pode funcionar como um mecanismo de proteção inconsciente, ajudando a evitar potenciais ameaças à saúde.
Como tratar a Tripofobia?
Terapias psicossociais desempenham um papel crucial no tratamento da Tripofobia. A terapia cognitivo-comportamental se destaca como uma abordagem eficaz, ajudando os indivíduos a reformular suas reações emocionais e cognitivas diante de padrões tripofóbicos. Ademais, a terapia de exposição pode dessensibilizar progressivamente a resposta fóbica através de exposições controladas aos estímulos.
- Terapia Cognitivo-Comportamental: Foca em modificar pensamentos e reações diante dos padrões tripofóbicos.
- Terapia de Exposição: Gradualmente expõe o paciente aos estímulos, com técnicas de relaxamento auxiliando na redução do medo.
- Uso de Medicamentos: Ansiolíticos e antidepressivos podem complementar o tratamento psicoterápico em casos mais graves.
A prática de atividades que promovem bem-estar, como ioga e exercícios físicos, também pode ajudar a reduzir a ansiedade e promover uma sensação de relaxamento. O suporte de profissionais de saúde mental é essencial para que o tratamento seja adaptado às necessidades individuais de cada paciente.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271








