A Disfunção Temporomandibular (DTM) refere-se a alterações na articulação temporomandibular (ATM), que conecta o osso temporal do crânio à mandíbula. Esta condição pode surgir devido a uma combinação de fatores como hábitos parafuncionais, alterações hormonais, traumas ou problemas sistêmicos locais. A DTM afeta principalmente mulheres adultas, embora possa atingir pessoas de qualquer idade ou gênero.
A ATM é crucial para funções básicas como mastigar, falar e bocejar. Problemas com essa articulação podem resultar em sintomas como limitação na abertura da boca, estalos, travamentos e dor, que muitas vezes são confundidos com enxaquecas. Essa “má relação” entre mandíbula e crânio requer atenção odontológica especializada para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
O que pode causar DTM?
A DTM pode ser provocada por diversos fatores, incluindo traumas diretos na articulação, hábitos como ranger os dentes (bruxismo), apoio excessivo do maxilar com as mãos, ou até mesmo fatores emocionais como estresse e ansiedade. Alterações genéticas e hormonais também podem contribuir para o desenvolvimento da disfunção, enquanto condições pré-existentes como artrite e desgaste do menisco articular agravam a situação.

Os profissionais da saúde avaliam a possibilidade de DTM através de um levantamento cuidadoso do histórico do paciente, combinado a exames clínicos. Em alguns casos, exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, são necessários para confirmar o diagnóstico.
Quais são os sintomas mais comuns?
Os sintomas da DTM variam, mas geralmente incluem dor ao redor da mandíbula, estalos ao mover o maxilar e dificuldade em abrir ou fechar completamente a boca. Dores de cabeça frequentes e dor se espalhando para o pescoço e ombros também são indicadores comuns. Muitas pessoas convivem com esses sintomas sem perceber a presença de DTM, frequentemente os associando a enxaquecas ou estresse.
Além disso, é comum que pacientes experimentem uma sensação de desalinhamento ao morder ou tenham dificuldade em executar movimentos simples da mandíbula. É fundamental buscar ajuda odontológica especializada para evitar agravamentos que possam comprometer a qualidade de vida e a saúde oral geral.
Como tratar a Disfunção Temporomandibular?
A abordagem para tratar a DTM é predominantemente multidisciplinar, envolvendo dentistas, fisioterapeutas e, em alguns casos, psicólogos. O tratamento pode incluir desde técnicas de relaxamento muscular e uso de placas dentárias, até intervenções cirúrgicas para casos mais graves. O uso de aparelhos ortodônticos específicos é uma prática comum, ajudando a reposicionar o maxilar e aliviar a pressão sobre a ATM.
- Ortodontia craniomandibular – reposicionamento mandibular terapêutico para diminuir ou eliminar compressões articulares
- Exercícios fisioterápicos para fortalecer e relaxar a região afetada.
- Aplicação de calor ou frio para alívio dos sintomas.
- Terapia fonoaudiológica para melhorar a função muscular.
- Aconselhamento psicológico para gerenciar o estresse e hábitos parafuncionais.
Essas medidas visam restabelecer a funcionalidade da articulação e melhorar o conforto do paciente. A cirurgia é considerada apenas quando essas abordagens não trazem os resultados desejados.
Qual a prevenção e cuidados diários?
Embora a DTM possa exigir tratamento especializado, algumas práticas diárias podem ser implementadas para aliviar os sintomas. Consumir alimentos de textura macia, evitar mastigar chicletes e adotar boas posturas podem ajudar. Além disso, evitar abrir excessivamente a boca e reduzir atividades que possam sobrecarregar a ATM são recomendações úteis.
É importante ressaltar que, caso perceba sinais de disfunção temporomandibular, é essencial procurar atendimento profissional especializado, garantindo um diagnóstico correto e um tratamento adequado para evitar complicações futuras.
Autores:
Dr. Sérgio Pinho
Dr. Cláudio Pinho
Dra. Ticyane Pinho
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