Os sons e melodias que compõem a Música têm um impacto notável sobre o cérebro humano. Estudos revelam que a música não apenas entretém, mas altera a química cerebral de maneiras significativas. Quando se ouve uma faixa preferida, por exemplo, ocorre um aumento nos níveis de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer. Esse processo explicaria porque a música tem o poder de alterar o humor instantaneamente, proporcionando relaxamento em momentos de tensão.
Uma das formas mais marcantes através das quais a música influencia a mente é através da evocação de memórias. O som particular de uma canção pode transportar o ouvinte de volta a um momento específico do passado, revivendo emoções e eventos com enorme clareza. Isso se deve à ligação íntima entre a música e as áreas do cérebro responsáveis pela memória e emoção, como o hipocampo e a amígdala.
De que maneira a música fortalece a concentração?
A produtividade e a concentração muitas vezes recebem um impulso quando certos tipos de música são ouvidos. Estudos indicam que gêneros musicais como música clássica ou batidas lo-fi podem melhorar o foco em até 400%. Isso ocorre porque essas músicas ajudam a bloquear ruídos de fundo e mantêm a mente focada nos sons rítmicos, estimulando áreas do cérebro ligadas à atenção, como o córtex pré-frontal.

No entanto, o impacto da música na concentração é altamente dependente do contexto. Letras ou mudanças súbitas no ritmo podem desviar a atenção, minando o benefício desejado. Assim, a escolha da música certa pode fazer toda a diferença, especialmente em situações que exigem alta concentração.
A música pode influenciar o sono?
Para indivíduos que enfrentam dificuldades para dormir, a música pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a qualidade do sono. Melodias suaves e de baixa frequência ajudam a acalmar o sistema nervoso, diminuindo a frequência cardíaca e promovendo um estado de relaxamento que facilita o adormecer. Além disso, a exposição à música calma antes de dormir tem sido associada à produção de melatonina, o hormônio do sono, enquanto reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
Em contextos terapêuticos, músicas tranquilizantes são frequentemente utilizadas para ajudar pacientes a relaxarem após procedimentos médicos ou durante terapias de recuperação. Esse uso da música como um dispositivo para incentivar o sono está fundamentado em evidências científicas que comprovam os efeitos calmantes que ela pode proporcionar.
Como a música pode impactar a criatividade e a socialização?
Não é raro que artistas e criativos procurem inspiração na música. O efeito robusto que a música tem sobre a criatividade não é apenas anedótico; na verdade, ela ativa redes neurais ligadas à imaginação e ao pensamento abstrato. Ouvindo música, muitas vezes é possível estimular o chamado “modo padrão” do cérebro, um estado ideal para a concepção de novas ideias.
Além disso, a música tem o poder de unir as pessoas. Partilhar uma playlist ou experienciar um concerto com amigos ou estranhos proporciona um sentimento de pertencimento e uma ligação emocional coletiva, mediada pela liberação de oxitocina, o hormônio do amor. Esse fenômeno social sublinha como a música não apenas melhora a vida individualmente, mas também solidifica laços comunitários.
Existem aspectos negativos na influência da música no cérebro?
Embora a música ofereça inúmeros benefícios, é importante reconhecer que nem todas as suas influências são positivas. Sons excessivamente altos ou músicas com letras agressivas podem exacerbar sentimentos de ansiedade ou raiva, especialmente se consumidos em excesso ou em contextos inadequados. Portanto, é essencial ser seletivo e consciente em relação às escolhas musicais e ao volume.
Além disso, para alguns, a música pode se tornar uma distração em vez de uma ajuda. Em ambientes onde concentração máxima é necessária,como durante a escrita ou leitura, certas músicas podem desviar a atenção do foco principal, dificultando a realização das tarefas.
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