As Lesões Por Esforço Repetitivo (LER) representam um grupo de condições que afetam partes moles do sistema musculoesquelético, como músculos, nervos, tendões e articulações. Estas são frequentemente causadas pela execução de atividades que exigem movimentos repetitivos de forma intensa. De simples digitar em um teclado por horas a tocar piano, a repetição excessiva de determinados movimentos pode desencadear essas lesões. Adicionalmente, posturas inadequadas e situações de estresse são também identificadas como contribuintes para o problema.
Estudos indicam que, ao longo dos anos, os casos de LER têm aumentado significativamente, especialmente entre trabalhadores que realizam atividades repetitivas. Entre 2010 e 2020, por exemplo, o Ministério da Saúde registrou um aumento significativo no número de casos. Esse crescimento está associado a condições ocupacionais, e os dados revelam que as mulheres, particularmente na faixa dos 40 aos 49 anos, são mais afetadas.

Quais são os principais sintomas da LER?
Os sintomas da Lesão por Esforço Repetitivo podem variar, mas geralmente incluem dor nos membros superiores e inferior capacidade de movimentação dos dedos. Outros sinais comuns são sensibilidade ao toque, sensação de queimação, formigamento nas extremidades, além de inflamação e fadiga muscular. O incômodo pode ser agravado com o tempo, especialmente se a atividade causadora da lesão não for interrompida ou ajustada de alguma forma.
Prevenção é a chave: como evitar a LER?
Prevenir lesões por esforço repetitivo implica adaptar o ambiente de trabalho ou estudo às características fisiológicas de cada indivíduo. Pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença, como garantir que as costas estejam sempre apoiadas no encosto da cadeira e que os ombros permaneçam relaxados. Um aspecto crucial é a manutenção de uma postura correta e o uso de móveis ergonomicamente adequados.
- Assegurar que os pés estejam sempre firmemente apoiados no chão.
- Realizar alongamentos regularmente, relaxando dedos, pulsos, costas e pescoço.
- Hidratar-se ao longo do dia, incentivando pausas para beber água.
- Adotar intervalos de cinco minutos a cada vinte e cinco minutos de digitação intensa.
- Evitar o uso de apoios de pulso durante a digitação.
Como o tratamento pode ajudar a lidar com a LER?
O tratamento da LER começa, normalmente, com o uso de medicamentos anti-inflamatórios e recomendação de repouso. Em casos mais graves, a abordagem pode incluir a administração de corticóides na área afetada e sessões de fisioterapia. Em circunstâncias extremas, onde o tratamento conservador não surtir efeito, a cirurgia pode ser necessária. Para muitos, afastar-se temporariamente do trabalho ou das atividades diárias pode estar entre as prescrições médicas.
O que fazer se você suspeitar que tem LER?
Ao sentir sintomas persistentes, é aconselhável buscar a orientação de um especialista. Diagnosticar precocemente e iniciar o tratamento pode fazer uma diferença significativa na recuperação e no bem-estar a longo prazo. Clínicas especializadas podem fornecer suporte abrangente, oferecendo diagnósticos precisos e terapias adequadas para cada caso específico.








