A associação entre problemas na Próstata e questões oculares pode não ser imediata para muitos. Contudo, a ligação reside nos efeitos dos tratamentos medicamentosos. Medicamentos utilizados para tratar condições como a hiperplasia prostática benigna podem acarretar complicações visuais, especialmente em indivíduos com diabetes, hipertensão ou doenças cardíacas.
Novembro é um mês dedicado à conscientização sobre o câncer de Próstata, mas é fundamental expandir essa conscientização para compreender outros impactos potenciais nas diversas partes do corpo, como os olhos. A compreensão dessa relação é essencial para um tratamento integral.
O que é hiperplasia prostática benigna?
A hiperplasia prostática benigna refere-se ao aumento anormal do número de células na Próstata, resultando em um aumento da glândula. Esse crescimento pode obstruir a uretra, levando a sintomas como:

- Retenção urinária e aumento da frequência de micções;
- Noctúria, ou a necessidade de urinar várias vezes durante a noite;
- Dificuldade em iniciar a micção e necessidade de esforço para esvaziar a bexiga;
- Comprometimento da função renal;
- Infecções recorrentes do trato urinário.
O diagnóstico é realizado através de exame de toque retal, exames laboratoriais, ultrassonografia e endoscopia do trato urinário inferior. Homens com 50 anos ou mais são aconselhados a frequentar regularmente um urologista para deteção precoce e tratamento eficaz.
Como é tratada a hiperplasia prostática benigna?
Os médicos utilizam diversos medicamentos para tratar essa condição, incluindo:
- Bloqueadores dos receptores alfa-adrenérgicos;
- Inibidores da 5-alfa redutase;
- Inibidores da enzima fosfodiesterase-5;
- Agentes anticolinérgicos.
Os inibidores da enzima fosfodiesterase-5, em particular, ajudam a relaxar os músculos do trato urinário, aliviando muitos dos sintomas, além de tratarem a disfunção erétil. Apesar disso, esses medicamentos apresentam efeitos colaterais, sobretudo na visão.
Quais efeitos colaterais afetam a visão?
Os efeitos colaterais visuais dos inibidores da fosfodiesterase-5 incluem:
- Sensibilidade à luz;
- Visão embaçada;
- Alterações na percepção de cores, como visão azul-esverdeada e dificuldade em distinguir azul de verde;
- Redução na percepção de cores.
Pessoas com condições oculares pré-existentes, como a retinopatia pigmentosa, devem ser particularmente vigilantes, pois esses medicamentos podem agravar a diminuição da enzima essencial para a visão.
O que fazer se surgirem complicações visuais?
A discussão com um oftalmologista é fundamental para identificar possíveis complicações visuais ao tomar esses medicamentos. Somente através do acompanhamento médico é possível determinar o curso de ação mais seguro e eficaz para cada paciente.









