A NASA, usando o Telescópio Espacial Hubble, detectou pela primeira vez matéria de um corpo semelhante a Plutão espiralando em direção a uma estrela anã branca a 260 anos-luz da Terra. Este fenômeno oferece uma nova perspectiva sobre a evolução de sistemas planetários.
- Observação inédita de uma colisão semelhante a Plutão.
- Descoberta reforça entendimento sobre sistemas solares distantes.
- Possibilidade de entender o futuro do nosso próprio sistema solar.
O que é uma anã branca?
Uma anã branca, como a chamada WD 1647375, é o que resta após uma estrela de tamanho médio esgotar seu combustível. Este resquício estelar fica significativamente menos massivo, afetando a gravidade e estabilidade do sistema ao seu redor. Estudos recentes sugerem que anãs brancas também podem demonstrar campos magnéticos poderosos, capazes de interferir ainda mais nas órbitas dos corpos ao redor.
Como a descoberta foi feita?
Cientistas utilizaram o Hubble para observar a composição dos detritos que caem na estrela anã. Este “crime cósmico” fornece pistas sobre a natureza dos exoplanetas e objetos que orbitavam a estrela. O uso de espectroscopia foi fundamental para determinar a composição química dos detritos, revelando a presença marcante de água gelada.
Corpos celestes icy podem sobreviver?
A descoberta sugere que corpos gelados, como os nas extremidades de nosso sistema solar, podem sobreviver mesmo após a morte de sua estrela. Isso traz um novo entendimento sobre a persistência de materiais voláteis e compostos essenciais para a formação planetária, mesmo em ambientes extremos e pós-estelares.
“Medir a composição de um exo-Plutão é crucial para entender a evolução desses corpos,” destacou Boris Gänsicke, pesquisador envolvido no projeto Hubble.

Por que ocorreu a colisão?
Como estrelas do tamanho do Sol se tornam gigantes vermelhas antes de se transformarem em anãs brancas, suas forças gravitacionais mudam, causando órbitas instáveis que podem levar a eventos como esta colisão. Observações sugerem que esse tipo de migração caótica pode ser mais comum em sistemas multiplanetários, aumentando o risco de colisões com a estrela remanescente.
Impactos nos conhecimentos sobre água no espaço
A descoberta mostra que gelo d’água compõe cerca de 64% dos fragmentos, contribuindo para teorias sobre como a água pode ser transportada entre mundos. Novos dados indicam ainda que minerais hidratados também estavam presentes nos detritos, reforçando a ideia de que a água pode se manter estável por bilhões de anos em ambientes planetários externos.
Isso se conecta com a hipótese de que os oceanos da Terra, em parte, se formaram a partir do impacto de cometas e asteroides.
Pensamentos finais sobre a descoberta
- Estudos como este potenciam nossa compreensão sobre a formação de planetas e atmosferas.
- Cometas e asteroides podem ser portadores essenciais de água no universo.
- O modelo observado pode sugerir um destino similar para nosso próprio sistema solar no futuro distante.









