A intervenção médica conhecida como Transplante hepático é uma prática que entra em cena quando o fígado de um paciente perde substancialmente sua funcionalidade. Em situações como cirrose avançada, câncer hepático ou falência aguda do órgão, o Transplante torna-se uma opção necessária. O processo envolve a substituição de um fígado comprometido por um saudável, geralmente obtido de um doador que sofreu morte cerebral ou, em certas circunstâncias, de um doador vivo compatível.
Faustão, renomado apresentador da televisão brasileira, recentemente passou por essa delicada cirurgia, evidenciando a complexidade e o planejamento envolvidos. O procedimento, realizado no Hospital Albert Einstein em São Paulo, foi uma tentativa vital para restaurar a saúde do apresentador que já havia enfrentado um Transplante de coração em 2023 e passou a depender de hemodiálise devido a complicações adicionais.
Como funciona o processo de seleção na fila de transplantes?
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) gerencia de maneira centralizada a fila de transplantes, o que assegura que tanto pacientes de hospitais públicos quanto privados sigam as mesmas diretrizes. Isso significa que a prioridade na fila não pode ser alterada por questões financeiras, mas sim por critérios técnicos e médicos estritos.

Para o fígado, a prioridade é determinada pela gravidade da condição clínica do paciente. Fatores como tipo sanguíneo, compatibilidade de peso e altura, tempo de espera e presença de condições médicas graves associadas são cuidadosamente avaliados. Casos críticos com risco de morte iminente recebem atenção prioritária, refletindo a necessidade de urgência em situações onde a vida do paciente está em risco.
Quais são os critérios para um Transplante de fígado?
A função hepática severamente comprometida ditada por condições como cirrose avançada, câncer ou falência hepática aguda é um dos principais motivos para indicar um Transplante de fígado. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a notável capacidade de regeneração do fígado faz com que transplantes parciais de doadores vivos sejam possíveis, expandindo assim as possibilidades de tratamento.
- Tipo Sanguíneo: A compatibilidade sanguínea é crucial para garantir que o novo órgão funcione adequadamente no corpo do receptor.
- Peso e Altura: Garantir que o órgão doado seja proporcional à estrutura corporal do receptor é um dos fatores essenciais para o sucesso do Transplante.
- Tempo de Espera: Enquanto a gravidade da condição é o principal critério, o tempo de espera também desempenha um papel definitivo no processo de seleção.
- Doenças Associadas: A presença de condições médicas adicionais pode acelerar a necessidade de intervenção cirúrgica.
Quais os cuidados Pós-Transplante?
Após o Transplante de fígado, o paciente se vê diante de uma jornada de recuperação que demanda vigilância contínua. Complicações como infecções, rejeição do órgão transplantado e efeitos colaterais de medicamentos imunossupressores são riscos conhecidos. Estes medicamentos desempenham um papel fundamental em prevenir que o sistema imunológico do receptor ataque o novo fígado, mas vêm com seu próprio conjunto de desafios.
A recuperação pós-Transplante de Faustão será acompanhada de perto por uma equipe médica experiente, visando garantir que ele retorne às suas atividades com a saúde restaurada. A história do apresentador ressalta a complexidade dos Transplantes e a importância de um sistema de saúde eficaz e imparcial.
Por que a regeneração hepática é crucial?
Entre os raros órgãos com a capacidade de regeneração natural, o fígado é único. Isso permite que doadores vivos ofereçam uma parte do órgão sem comprometer significativamente sua própria saúde. Essa característica é especialmente vital em um cenário onde a demanda por fígados doados supera a oferta disponível, oferecendo esperança adicional para aqueles em listas de espera.
O caso de Faustão chama a atenção para a importância dos avanços médicos em transplantes e a necessidade contínua de educação e conscientização sobre a doação de órgãos. Em um contexto onde tratamentos salvadores de vida precisam de ações complexas e coordenadas, histórias como essa evidenciam a esperança e a resiliência humana.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271








