A curcuma longa (emCurcuma longa), conhecida popularmente como açafrão-da-terra ou cúrcuma, destaca-se entre as plantas medicinais mais estudadas no mundo. Historicamente valorizada pela medicina tradicional, sua reputação se consolidou em diversas pesquisas científicas graças aos seus compostos bioativos, que favorecem a saúde em múltiplos aspectos. Muitos dos efeitos terapêuticos atribuídos a essa raiz estão associados ao seu uso milenar na culinária e como estimulante do bem-estar geral.
Dentre seus inúmeros benefícios, três merecem atenção especial:
- Ação anti-inflamatória comprovada em estudos clínicos
- Efeito antioxidante devido à presença de curcuminoides
- Proteção hepática com apoio em pesquisas laboratoriais
Acompanhe as principais propriedades medicinais da curcuma longa detalhadas por evidências e referências renomadas.
Quais são as evidências científicas da propriedade anti-inflamatória?
O destaque entre as propriedades terapêuticas da cúrcuma está associado à presença da curcumina, principal composto ativo responsável por reduzir processos inflamatórios no organismo. Entre os mecanismos mais estudados, a curcumina inibe a produção de mediadores inflamatórios, agindo em diferentes vias metabólicas. Tal efeito tem sido validado em análises laboratoriais e ensaios clínicos, conforme destacado por Aggarwal e colaboradores.
“A curcumina apresenta efeito comprovado na modulação de marcadores inflamatórios, reduzindo significativamente a atuação do NF-kB e outras citocinas pró-inflamatórias em diferentes modelos experimentais.” (Aggarwal, 2013).
Como a curcuma longa age como antioxidante?
Outro atributo relevante das propriedades curativas da curcuma longa é sua capacidade de combater os radicais livres, protegendo o organismo do estresse oxidativo. Isso se dá principalmente pela ação dos curcuminoides e demais polifenóis presentes na planta. Substâncias como a demetoxicurcumina e a bisdemetoxicurcumina auxiliam na neutralização do dano celular, como demonstrado pelos estudos de Priyadarsini.
“Os diversos curcuminoides detectados na curcuma evidenciam notável poder antioxidante, associado à inibição da oxidação lipídica e à proteção das membranas celulares.” (Priyadarsini, 2014).
Quais são as evidências da proteção ao fígado?
A ação hepatoprotetora está entre os benefícios mais citados na literatura científica quanto à utilização da curcuma longa. Os princípios ativos presentes auxiliam na desintoxicação do fígado e na prevenção de lesões hepáticas causadas por substâncias tóxicas. Segundo Miquel e colaboradores, o consumo regular pode beneficiar pacientes com comprometimento hepático leve, reforçando o papel dessa raiz como adjuvante fitoterápico.
“A administração de extratos à base da curcuma revelou significativa proteção contra danos induzidos ao fígado, regulamentando enzimas metabolizadoras e promovendo integridade celular.” (Miquel et al., 2002).
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Curcuma longa realmente auxilia na digestão?
Além dos efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, muitos procuram a curcuma longa devido ao seu uso tradicional como coadjuvante nas funções digestivas. A raiz estimula a produção biliar, importante para a digestão de gorduras, e ainda favorece o alívio de desconfortos abdominais leves. Pesquisas como as de Chattopadhyay destacam o potencial digestivo desse alimento funcional.
“O extrato da raiz, quando administrado com regularidade, aumenta o fluxo da bile e contribui para a melhoria dos sintomas dispépticos.” (Chattopadhyay, 2004).
- Dica de preparo: A inclusão de uma pitada de cúrcuma em refeições pode potencializar seus benefícios digestivos, agregando cor e sabor.
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Quais são os principais benefícios resumidos?
- Curcuma longa exerce papel comprovado como anti-inflamatório natural graças à curcumina, como ressaltado por Aggarwal (2013).
- Estudos destacam notável atividade antioxidante, protegendo células de danos oxidativos, evidenciado por Priyadarsini (2014).
- Diversas pesquisas confirmam seu efeito protetor no fígado e impacto positivo na digestão.
Referências bibliográficas
- Aggarwal, B.B. Curcumin: the Indian solid gold. Advances in Experimental Medicine and Biology, v. 595, p. 1-75, 2007.
- Chattopadhyay, I. Turmeric and curcumin: Biological actions and medicinal applications. Current Science, v. 87, n. 1, p. 44-53, 2004.
- Miquel, J. et al. Curcuma longa and Curcumin: a review of preclinical and clinical studies. Alternative Medicine Review, v. 7, n. 2, p. 141-153, 2002.
- Priyadarsini, K.I. The chemistry of curcumin: from extraction to therapeutic agent. Molecules, v. 19, p. 20091-20112, 2014.










